Como os fenômenos naturais afetam o nosso dia-a-dia.

Um olhar sobre o passado, nos ajuda a repensar o futuro e quem sabe fazê-lo melhor.

Em novembro de 2005, os Rios Solimões, Negro e Amazonas registraram uma das maiores secas, os braços desses rios secaram, os igapós desapareceram, os furos e paranás fecharam, os caminhos naturais do caboclo não puderam mais ser percorridos por ausência absoluta dos corpos d’água antes abundantes.

Vimos peixes morrendo, barcos encalhados, pessoas e comunidades inteiras isoladas, essa era a tônica da época, onde todos amazônidas sofriam com o castigo da natureza, as imagens de milhares de peixes mortos no Rio Amazonas circularam e chocaram o mundo.

foto: AP

O professor Peter Cox da Universidade Inglesa de Essex, afirma que "não podemos dizer, com certeza, que a seca de 2005, foi causada pelo aquecimento global, mas podemos dizer que a probabilidade de um evento como esse vai aumentar como consequencia da mudança do clima provocada pelo homem".

Em março de 2008 registraram-se as maiores tempestades que tivemos noticia no Estado do Amazonas, árvores arrancadas e jogadas no chão, barcos afundando no cais, telhados voando e uma ventania forte arrastando outdoor nas ruas, seguindo-se um temporal com ventos acima 67km/h, bairros inteiros sem energia elétrica, foi o que vimos em Manaus, num turbilhão que veio a partir de Parintins, passando por Manacapuru e chegando a Manaus, deixando um rastro de destruição nessas cidades.

foto: a crítica digital

Em 26 de junho de 2009, registrou-se a maior cheia, que se tem notícia, com o Rio Negro atingindo a cota de 29,72m, quebrando o antigo recorde de 29,71m. No Amazonas, cidades inteiras alagadas, como Anamã no Solimões e Barreirinha no Amazonas e outras tantas com ruas e portos submersos, como Parintins. Em Manaus, o centro antigo da cidade ficou sem condições de acesso durante longos 2 meses, prejudicando o comércio local e a população, a cheia superou a marca histórica de 1953, alterando toda a paisagem urbana do centro histórico e periferia fluvial de Manaus, afetando pontos turísticos como o Relógio Municipal.

foto: rmclaus

Convido você a refletir e pensarmos juntos:

O que esses fenômenos têm em comum?
- A ação do homem e as mudanças climáticas.

Hoje, vivemos esses distúrbios climáticos que antes só tínhamos notícias em outros lugares do Brasil, o Amazonas agora sofre com os efeitos do El Niño, de La Niña, do aquecimento global e das mudanças climáticas, esses fenômenos fazem parte agora do nosso cotidiano e não podemos mais ignorar como isso nos afeta.

Esses desafios devem ser enfrentados por governos e sociedades, cada qual oferecendo alternativas que busquem o equilíbrio e a sustentabilidade do nosso planeta, temos que agir e fazer o nosso dever de casa localmente, tudo o que você faz, conta.