quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A briga surda pelo poder no Amazonas em 2011

O final do ano de 2010 chegando e a seara política baré borbulhando com tantas batalhas de bastidores, como a disputa pelo comando da Suframa. De um lado, o PSB nacional (leia-se Governador Eduardo Campos) tenta emplacar o ex-prefeito Serafim Correa, que tem perfil técnico e domina a área, do outro lado, o PC do B, leia-se Senadora eleita Vanessa Grazziotin se alia ao CIEAM e tenta manter no cargo, a atual superintendente Flávia Grosso, ao passo que, o ex-governador Braga, desejaria ver ali o seu Secretário de Fazenda Isper Abrahim, ou seja, todos brigando por espaço e poder de fogo político nesse novo governo que se inicia com a posse de Dilma Roussef.

A eleição do novo presidente da Câmara Municipal de Manaus vereador Isaac Tayah deixou o parlamento literalmente rachado e o Prefeito desnorteado com a derrota e não se tem, a menor ideia de como será essa relação entre os poderes, embora prometa fortes emoções.

Enquanto isso...

O Prefeito Amazonino Mendes e a ManausTur se enrolam ao tentar explicar o inexplicável, como os dois convênios com instituições pra lá de suspeitas, cujo valor chega a 5,9Mi para realizarem o revellion da Cidade de Manaus, e que, desde hoje, por obra do PSB, já estão na alça de mira do MPE...

O Governador Omar Aziz enfrenta dificuldades para fechar seu secretariado, a exatos dois dias da posse, em primeiro de janeiro, ainda não se sabe que “cara” terá esse novo governo...

A Assembleia Legislativa trabalha a todo vapor, aprovando a toque de caixa (sem discussão e sem emendas), todas as matérias enviadas pelo governo, algumas polêmicas, como a extinção do CDH (jóia da coroa do ex-governador Braga) e criando novas secretarias, uma delas inclusive, para abrigar a atual primeira-dama', que atua com invejável desenvoltura no meio político e nas redes sociais.

O Ano de 2011 promete fortes emoções, esperar para ver.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O PIB do Amazonas e a dependência de Manaus.

Estudo publicado recentemente pelo IBGE_Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indica que, em 2008, seis capitais brasileiras concentravam 25% do PIB_Produto Interno Bruto do País, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus detinham os maiores PIB entre os municípios brasileiros, gerando 1/4 de todas as riquezas produzidas no Brasil.
Individualmente, São Paulo contribuiu com 11,8%, Rio de Janeiro com 5,1%, Brasília com 3,9%, Curitiba com 1,4%, Belo Horizonte com 1,4% e finalmente Manaus contribuiu com 1,3% do rateio.
Esse mesmo estudo concluiu que, em 2008, as 27 capitais concentravam 1/3 do PIB. As capitais do Norte representavam 2,4%, as do Nordeste 4,5%, as do Sudeste 19,0%, as do Sul 2,9% e as do Centro-Oeste por 5,2%. Entre as capitais, São Paulo-SP tinha o maior PIB enquanto Palmas-TO tinha o menor, o destaque negativo ficou por conta de Florianopólis que não era a primeira no Estado de Santa Catarina, ficando atrás de Joinville e Itajaí.
Outra informação relevante do estudo, afirma que a concentração econômica era mais acentuada na maioria dos estados da Região Norte/Nordeste, onde metade das riquezas produzidas se concentra em apenas cinco municípios e gerando metade do PIB do estado.
Aqui no Amazonas, em 2008, os cinco maiores municípios eram responsáveis por 88,1% do PIB estadual, estado que tinha a “maior” concentração espacial de renda do País, o que levou o Amazonas a se tornar o estado mais dependente da sua capital com mais de 80% do PIB.
Em 2008, o PIB Per Capita do do Amazonas foi $ 14.014,13.

Abaixo a tabela com o PIB de todos os municípios do Amazonas.

MUNICÍPIOS/PIB Per capita
1 Coari R$ 23,084.39
2 Manaus R$ 22,303.26
3 Presidente Figueiredo R$ 10,954.42
4 Lábrea R$ 9,597.18
5 Itacoatiara R$ 9,354.40
6 Apuí R$ 8,276.13
7 Silves R$ 7,252.99
8 Anamã R$ 5,568.81
9 Maraã R$ 5,450.49
10 Codajás R$ 5,354.26
11 Fonte Boa R$ 5,282.96
12 Uarini R$ 5,140.98
13 Boca do Acre R$ 5,080.67
14 Iranduba R$ 4,966.95
15 Anori R$ 4,827.43
16 Rio Preto da Eva R$ 4,759.48
17 Ipixuna R$ 4,681.50
18 Manicoré R$ 4,680.77
19 Humaitá R$ 4,649.38
20 São Gabriel da Cachoeira R$ 4,607.99
21 Carauari R$ 4,515.66
22 Guajará R$ 4,478.15
23 Manacapuru R$ 4,366.44
24 Maués R$ 4,319.39
25 Itamarati R$ 4,298.28
26 Careiro da Várzea R$ 4,213.35
27 Tefé R$ 4,187.35
28 Novo Aripuanã R$ 4,168.59
29 Tapauá R$ 4,144.51
30 Juruá R$ 4,022.87
31 Envira R$ 3,989.48
32 Caapiranga R$ 3,924.13
33 Canutama R$ 3,912.21
34 Parintins R$ 3,836.35
35 Tabatinga R$ 3,795.82
36 Nhamundá R$ 3,786.04
37 Itapiranga R$ 3,779.08
38 Japurá R$ 3,741.31
39 Amaturá R$ 3,698.68
40 Alvarães R$ 3,697.14
41 Autazes R$ 3,625.00
42 Manaquiri R$ 3,588.98
43 Atalaia do Norte R$ 3,580.12
44 Benjamin Constant R$ 3,578.38
45 Urucurituba R$ 3,462.37
46 Careiro R$ 3,428.51
47 Urucará R$ 3,408.83
48 Borba R$ 3,394.98
49 São Sebastião do Uatumã R$ 3,305.84
50 Pauini R$ 3,301.89
51 Nova Olinda do Norte R$ 3,225.10
52 Eirunepé R$ 3,183.09
53 Tonantins R$ 3,169.18
54 Santa Isabel do Rio Negro R$ 3,115.61
55 Santo Antônio do Içá R$ 2,875.30
56 Barcelos R$ 2,871.06
57 Jutaí R$ 2,855.78
58 Boa Vista do Ramos R$ 2,842.01
59 Beruri R$ 2,840.55
60 Barreirinha R$ 2,774.16
61 Novo Airão R$ 2,718.21
62 São Paulo de Olivença R$ 2,539.93





Fonte: IBGE

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Manaus e o Censo 2010.



O IBGE_Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou semana passada os dados apurados através do Censo 2010.
Em 2000, o Brasil tinha 169.799.170 de habitantes e agora, em 2010, já somos 190.732.694 habitantes. Esses números mostram um aumento de 12,33% na população brasileira em 10 anos. Uma dado curioso chamou atenção, os resultados mostram que para cada 100 mulheres existem 96 homens, mostrando um predominio de genero feminino no Brasil de hoje.
Em 2000, a Região Norte tinha 12.900.704 habitantes e agora, em 2010, já somos 15.865.678 habitantes. Esses números representam um aumento de 22,98% na população da região.
No Amazonas, em 2000 eramos 2.812.557 habitantes e agora, em 2010, já somos 3.480.937 habitantes no Estado, que mostra um aumento de 23,76% na população amazonense. Enquanto isso, o Amapá saiu de 477.032 habitantes para 668.689 habitantes, um aumento de incríveis 40,18% na sua população. Por outro lado, Rondônia foi o estado da região que apresentou o menor crescimento, saindo de 1.379.787 para 1.560.50, um acréscimo de apenas 13,10% em sua população nos últimos 10 anos.

AS MAIORES CIDADES DO ESTADO
CIDADES HABITANTES
1 Manaus 1.802.525
2 Parintins 102.066
3 Itacoatiara 86.840
4 Manacapuru 85.144
5 Coari 75.909
6 Tefe 61.399
7 Tabatinga 52.279
8 Maues 51.847
9 Manicore 47.011
10 Humaita 44.116


AS MENORES CIDADES DO ESTADO
CIDADES HABITANTES
1 Japura 7.289
2 Itamarati 8.040
3 Itapiranga 8.200
4 Silves 8.445
5 Amatura 9.657
6 Alvaraes 10.080
7 Anama 10.193
8 S.Seb.Uatuma 10.668
9 Jurua 10.822
10 Uarini 11.906

Enquanto isso, a Cidade de Manaus agora é a sétima cidade mais populosa do Brasil saindo de 1.405.895 em 2000 para 1.802.525 habitantes em 2010.
Esse “inchaço” populacional na cidade-estado de Manaus demanda cada vez serviços públicos essenciais, para os quais, a priori, o poder público demonstra não está preparado, vide os exemplos da água e do transporte coletivo. Estes números merecem um reflexão acerca do planejamento da capital do Amazonas.

Existe uma política habitacional (municipal ou estadual) que garanta acesso a moradia popular para uma parcela significativa da população?

O estado ou municipio investiram em infraestrutura para garantir prestar um bom serviço nas áreas de saúde, segurança e educação?

O municipio está preparado para atender a demanda gerada pela população no quesito mobilidade urbana, como sistema de transporte coletivo?

O Estado ou Município tem uma política ambiental que assegure a proteção dos mananciais e evite a degradação ambiental causada pela pressão, por aqueles que procuram terra para moradia?

Manaus não para de bater recordes, indo desde o consumo de energia até a venda e emplacamento de carros.

Em relação ao trânsito, nota-se que a cidade falha no planejamento viário do trafego de veículos, com engarrafamentos cada vez mais longos e menos vias para desafogar, carências que vão, da falta fiscalização a fraca sinalização.

A Cidade de Manaus é um organismo vivo que, dá sinais de ter chegado ao seu limite, urge providencias dos poderes constituídos para implementar ações de mitigação para essa imensa pressão que a cidade tem recebido.

Penso que o Estado e Municipio deveriam se debruçar nesses números do IBGE e traçar estratégias para suportar esse aumento populacional de forma adequada.