quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Natura tem lucro líquido de 219,3 milhões no 4o.Trimestre de 2010

Da Reuters:
A empresa de cosméticos Natura teve lucro líquido de 219,3 milhões de reais no último trimestre de 2010, expansão de 17,6 por cento sobre o ganho obtido um ano antes, apoiada em um aumento das vendas superior ao dos custos de produção.
O resultado ficou ligeiramente abaixo da média das previsões de seis analistas consultados pela Reuters, que apontava para lucro líquido de 224 milhões de reais para a empresa no período.

A Natura contabilizou receita líquida de 5,1 bilhões de reais em todo o ano passado, expansão de 21,1 por cento sobre 2009. Se considerado apenas o trimestre passado, a receita aumentou 18,1 por cento na comparação anual, para quase 1,6 bilhão de reais.

"Esse crescimento reflete, além de uma boa execução e lançamentos assertivos, um avanço de 18 por cento no número de consultoras consolidado", afirmou a empresa no balanço.

O custo de produtos vendidos, por sua vez, diminuiu de 31,6 por cento da receita líquida nos três últimos meses de 2009 para 30,9 por cento ao final do ano passado.

No fechado de 2010, a Natura apurou lucro líquido de 744,1 milhões de reais, alta de 8,8 por cento contra o ano anterior.

A empresa assinalou, no demonstrativo de resultados, que se excluído o benefício de amortização do ágio que se encerrou em 2009, o lucro teria crescido 27 por cento.

Já a geração de caixa da companhia, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou em 357,9 milhões de reais nos três meses até dezembro, 21,4 por cento superior em relação a igual intervalo de 2009. A margem Ebitda trimestral foi de 23 por cento, 0,6 ponto percentual acima dos três últimos meses de 2009.

Enquanto isso, o Ebitda em 2010 ficou perto de 1,3 bilhão de reais, aumento de 24,6 por cento, com a margem anual subindo para 24,5 por cento, ante 23,8 por cento em 2009.

INTERNACIONAL
A participação das operações internacionais na receita líquida consolidada da Natura foi de 7,2 por cento em 2010.

As operações em consolidação --que incluem Argentina, Chile e Peru-- tiveram ganho líquido de 6,4 milhões de reais no quarto trimestre e de 3,7 milhões no ano, revertendo prejuízos de, respectivamente, 3,5 milhões e 1,1 milhão de reais.

A empresa também conta com operações em implantação no México e na Colômbia, que ainda não resultaram em lucros.

No final do último ano, a Natura começou a contar com produção local na Argentina, por meio de parcerias. Em 2011, a empresa adotará a mesma estratégia para os mercados na Colômbia e no México.

(Por Vivian Pereira)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Amazonino Mendes e o "Minha filha, então morra, morra




Na noite de sábado (19) para domingo, uma chuva torrencial caiu sobre a cidade de Manaus, nessa madrugada, na comunidade Santa Marta, na Zona Norte da cidade, três pessoas morreram soterradas causada por um desbarrancamento (deslizamento de grande porção de terra de um barranco). O barraco que a família morava foi construído numa área de risco e foi totalmente soterrado.
Dois dias depois do fato, o Prefeito de Manaus Amazonino Mendes resolveu visitar a área para avaliar os estragos, porém, não imaginava ser cobrado públicamente por moradores, num diálogo tosco, a moradora dizia que “estava ali por não ter condição de ter uma moradia digna”, foi quando o prefeito disse a seguinte pérola “minha filha, então morra, morra”, para completar, o prefeito ainda deu demonstração de preconceito contra nossos irmãos paraenses ao perguntar de onde a moradora era, que respondeu ser do Pará, no que então disse, “então pronto, tá explicado”.
A declaração infeliz, mal educada e carregada de preconceito do prefeito repercutiu na sociedade manauara e caiu nas redes sociais atingindo repercussão mundial no twitter e facebook.
A morte de pessoas que estavam em areas de risco teria sido evitada se o Estado cumprisse seu papel, retirando as pessoas dessas áreas e fiscalizando para que os mesmo não voltassem as ocupações irregulares.
Compete ao Poder Público promover a retirada de ocupantes de áreas de risco, mas, autoridades preferem ignorar e deixam de fazer seu dever de casa, depois do fato (deslizamento e morte) querem aparecer como salvadores da pátria, desses pobres necessitados, e fazem as mais estapafúrdias promessas, como a tal de dar terreno, telha e madeira.
Das autoridades públicas é esperado um comportamento adequado a liturgia que o cargo exige, exemplo do destempero deste caso, prova que o governante não está preparado para lidar com cobranças e críticas.

Enquanto isso,

As 38 áreas de risco mapeadas pelo estado permanecem com moradores nos locais expostos a novos deslizamentos...

A cidade continua sem um plano de contingencia para coibir ocupações junto as margens do igarapés que cortam a cidade...

Prefeitura não tem nenhuma estratégia para evitar invasões que se proliferam na cidade...

Urge que o Ministério Público junto com a Vara Especializada em Meio Ambiente e questões agrárias imponha uma conduta de prevenção para que o municipio retire todas as famílias que se encontram em áreas de risco...

Vamos torcer para que não tenhamos que perder mais vidas por conta da leniência do Poder Público em conter essas ocupações irregulares.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manaus e os debates necessários



Li hoje(20) no jornal A Crítica que um grupo de pessoas abriu uma página no Facebook para discutir os problemas de Manaus, página essa intitulada de “Manaus- Debates Necessários”. Meus amigos Orlando Camara e Elieide Menezes, alem de outras personalidades importantes da nossa cidade fazem parte desse grupo que busca resgatar a cidadania urbana da capital.
Fiquei muito feliz com a iniciativa, isso apenas comprova que nem tudo está perdido, ainda existem cidadãos preocupados com os rumos da nossa cidade e não concordam com o abandono que a cidade está sendo submetida, e principalmente, pela mais completa ausência do Poder Público em fiscalizar e coibir os desmandos daqueles que imaginam que estão numa terra sem lei.
Que bom seria se, outras iniciativas como essa surgissem, abrindo fóruns de discussão sobre o que queremos para nossa cidade.
O que não podemos é nos acomodar com os ataques que a cidade recebe diariamente, como a ocupação irregular das calçadas. Esse espaço público não é respeitado, nem por lojistas nem por ambulantes, que duelam diariamente por clientes nas ruas centrais da cidade.
Compete ao poder público, reprimir essa conduta com seus mecanismos constitucionais, e caso isso não seja suficiente, deve acionar o Ministério Público em defesa dos direitos difusos do cidadão.

Que Manaus ainda não está minimamente preparada para receber os milhares de turistas que aqui estarão por conta da copa/14 isso nós já sabemos, mas cabe a pergunta. Será que em 3 anos e meio estaremos prontos para tal?

Enquanto isso,
A Prefeitura de Manaus trabalha no varejo, com ações pontuais de marketing na periferia, como a tal campanha “choque de ordem” e deixa de pensar os grandes problemas que afetam toda a coletividade.....

Já a Camara Municipal de Manaus se exime dos debates de real interesse da sociedade e pratica a “politicalha” com ameaças de CPI’s prá e prá cá, intimidando e ameaçando os adversários da hora,esquecendo de pensar e debater a busca da solução dos grandes problemas que afligem o município, como por exemplo, a revitalização do nosso Centro Histórico.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

As demandas de Manaus e o marketing da copa/2014



Manaus é oficialmente subsede da copa-2014 e pelo que diz o governo, aqui deverá acontecer a “Copa Verde”.

Ocorre que as demandas são muitas e o desafio é gigantesco, é impossível não observar o caos em que se transformou o trânsito na cidade, a selvageria dos mototaxistas, dos ônibus alternativos e executivos, da falta de educação – e fiscalização – com filas duplas e triplas em frente às escolas, faculdades e academias, caos reforçado pela imensa quantidade diária de ônibus em pane nas estreitas ruas de Manaus.

Quando observamos as nossas calçadas, o sentimento é o mesmo, vergonha define, pois nem ambulantes, nem lojistas nem os carros, respeitam nosso direito de caminhar no local certo e adequado, pedestres são “jogados” para caminhar nas vias por absoluta falta de calçadas livres.

Nossas esquinas se transformaram em autênticas “feiras livres”, sob o olhar complacente do Poder Público. Nesses locais, vendem-se de tudo, de bugingangas a bebidas, passando pelas comidinhas básicas, como o famoso “churrasquinho de gato”, num atentado a saúde pública, sem que sejam incomodados pela Vigilância Sanitária.

Quando pensamos em saneamento básico, pouco ou quase nada de esgotamento sanitário existe. Quanto nos voltamos para o trato do lixo, vimos que Manaus não tem um sistema de coleta seletiva que atenda a necessidade da população, tampouco está se adequando legislação vigente constante da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Na saúde, a cidade perdeu a guerra contra a "dengue" que se espalhou e lota os pronto-socorros ceifando vidas de manauaras

Finalmente, a tal Copa Verde deverá ficar somente na vontade, ou com aplicação de muita “tinta Suvinil”, pois não existe nenhum plano de arborização para Manaus, aqui reina o império das “palmeirinhas” , tão comum nas obras recém-acabadas.

Enquanto isso...
Autoridades fazem parte de cúpulas de meio ambiente sem nenhum preparo ou expertise na área;
Outras, se especializaram em trazer gente e eventos decadentes dos grandes centros como cortina de fumaça para abafar demandas de setores da sociedade;
Decepção é a palavra que exprime atuação do Parlamento que passa ao largo dos grandes debates que interessam a cidade;


Hora de cobrar mais ação e menos marketing!