sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Brasil e as metas de redução das emissões de CO2.



Nesta semana, numa reunião em Brasília, o Governo Brasileiro e o Itamarati recuaram em apresentar um meta brasileira para a redução das emissões de CO2 antes que aconteça a COP-15 (15ª. Conferencia do Clima das Nações Unidas) que se realizara em Copenhague e começa no próximo dia 07/dez/09.


A posição do governo brasileiro é que anunciará números ou metas de redução somente após um acerto internacional de metas únicas para a redução das emissões dos gases de efeito estufa, de captura de carbono da atmosfera e de desaquecimento global.


Pessoas influentes no governo, como os ministros Celso Amorim e Dilma Rousseff fazem parte do grupo palaciano que acham que o Brasil não deve ter metas, por não fazer parte do anexo-1 do Protocolo de Kioto, onde são descritos os países industrializados mais antigos.


O Governo Brasileiro quer condicionar o corte nas emissões brasileiras a um acordo internacional de meta única, pois entende que, no momento, basta ratificar o compromisso assumido de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia.


O mundo inteiro olha para o Brasil, especialmente os países desenvolvidos, já que não esperam grandes ações da China e da Índia, neste sentido, o Brasil só teria a ganhar assumindo metas e números ousados e se credenciando a financiamentos internacionais para executar essas metas, nas áreas da Agricultura, indústria, Ciência e Tecnologia.

Neste sentido, meta ousada seria o governo adotar o que proclama o Ministério do Meio Ambiente, que defende uma redução de emissões de CO2 em torno de 40%.


Agindo dessa forma, o governo brasileiro se esconde e foge do seu protagonismo sobre o tema, essa COP-15 está sendo preparada para o Brasil ser a bola da vez, basta que assuma o papel que o mundo dele espera que é a liderança mundial na questão ambiental.


Por outro lado, a União Europeia, de forma unilateral, já assumiu uma proposta com objetivo de reduzir em 20% suas emissões de CO2 até 2020 podendo chegar ate 30% dependendo dos acordos.


Mas ainda é possível que ocorram mudanças na posição do Brasil já que o Itamaraty promove na próxima segunda (09/11) uma reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, é mais um evento preparatório para a COP-15.

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