quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A crise civilizatória mundial e seus desdobramentos politicos no Brasil


É fato que o mundo passa por uma crise civilizatória onde umas se sobrepõe a outras, desde crises humanitárias carregadas de xenofobia causadas por grandes diásporas como a que vemos no Mediterrâneo que invade toda a Europa até crises de nacionalismos exacerbados como visto nos Estados Unidos e que para contê-las, ações de solidariedade e cidadania são pré-requisitos obrigatórios, porém isso está em falta em algumas prateleiras de muitos países, como em nosso Brasil.

No Brasil, essa crise civilizatória certamente tem um fundo educacional que se reflete no emocional de medos e talvez mais um pouco pelos ânimos exaltados dos brasileiros pelo vetor político do vale tudo eleitoral estabelecido.

Nunca se brigou tanto nesse Brasil por questões políticas e políticos de carteirinha, discussão que vem desde o tempo do “eles contra nós” lançado pelos petistas para se sobrepor aos tucanos, embora ambos partidos sempre estivessem umbilicalmente ligados ao peemedebistas com quem sempre governaram e praticaram os mais diversos crimes ligados a corrupção amplamente provados pelo Ministério Público que causaram várias prisões de grandes lideranças do cenário político de Brasília.

Especificamente nessa eleição, a falta de educação política de muitos eleitores passou do ponto aceitável da discussão em nível elevado, pois a baixaria já acampou no terreno das redes sociais onde não é possível mais distinguir a verdade das mentiras catapultadas pelas Fake News de quem tem mais estrutura política ou mais dinheiro para gastar e atingir de qualquer forma o obtuso eleitor que tenta a todo tempo formar um juízo de valor desse ou daquele candidato.

No plano federal, a polarização do “#elesim” em contraponto ao “#lulalivre” se tornaram o centro dos debates nacionais, onde é mais fácil desqualificar e desclassificar seu candidato do que destacar as qualidades do seu candidato mostrando suas fortalezas. A contaminação do debate que desgaste mostra o quanto o brasileiro ainda está atrasado intelectualmente nas questões ligadas as ciências políticas e seus desdobramentos no dia-a-dia da população brasileira, onda cada um pretende ser mais real do que o rei.
Temos um candidato hostilizado por mulheres e democratas, temos um ex-governador que sabe tudo e nunca transformou seu saber em realidade governamental, temos uma candidata que pensa na Amazônia, ficha limpa que renunciou a privilégios políticos e colaram nela a pecha de “fraca” para desmerece-la por sua origem, temos um professor que é teleguiado por um ex-presidente direto da cadeia, temos um coronel de barranco nordestino, um religioso maluco das ideias, um ex-ministro milionário que não empolga ninguém, outro milionário que parece desconhecer o que é um Estado dentre tantos outros que querem chegar ao Palácio do Planalto. O Brasil precisa de um presidente que uma o povo em favor dos cidadãos, de uma pais verdadeiramente melhor e, principalmente, mais justo e tolerante.

No plano estadual, em pouco mais de um ano, a população sofreu com a cassação de um governador fraco em meio a denúncias de compra de votos e corrupção -embora tenha derrotado um ex-governador truculento e pouco modesto-, em seguida, um governador interino que olhou para população com outros olhos embora tivesse pouco tempo para sabermos quem é na realidade e a população amazonense, essa mesma, resgatou um velho político atrasado que foi aposentado pelo povo em anos atrás. A falta de opções políticas diferentes das atuais raposas deixa pouco espaço para mudança necessária para administração de um estado tão complexo como o Amazonas, um estado continente carente de quase tudo embora tenhamos uma máquina de gerar riqueza como o Polo Industrial de Manaus pouco ou quase nada é compartilhado com sua população sofrida.

Que Deus nos ajude nas escolhas políticas do 7 de outubro.