segunda-feira, 31 de maio de 2010

A disputa pelo Governo do Amazonas

Observando o cenário para a disputa do Governo do Estado em outubro/10, duas chapas estão extraoficialmente colocadas no tabuleiro político e trazem a polarização em torno de candidatos originários da mesma escola política, no caso, o Senador Alfredo Nascimento e o Governador Omar Aziz, exceção seja feita, ao candidato a vice de Alfredo que é Serafim Correa, oriundo da oposição.
O mais curioso de tudo, é a posição do Governador Omar Aziz, que no passado, foi vice de Alfredo, que o impede de fazer críticas à gestão de ambos na Prefeitura de Manaus, lhe restando apenas centrar fogo no desempenho do ex-ministro Alfredo durante o período que o mesmo foi Ministro dos Transportes do Governo Lula.
Alfredo Nascimento vem costurando bem sua base de apoio, iniciada com a composição entre o PR (do qual é presidente nacional) e o PSB do ex-prefeito Serafim Correa, isso lhe rendeu bons dividendos políticos, além de preciosos minutos de TV/Rádio quando começar o horário eleitoral gratuito. O fato de já ter definido Serafim Correa como candidato a vice em sua chapa, ajudou a consolidar posições políticas, ao passo que Omar ainda nem sabe de onde virá seu candidato à vice, que hoje balança entre José Melo e Rebecca Garcia, ela que é a moeda de troca do atual prefeito de Manaus Amazonino Mendes para dar apoio político à candidatura de Omar Aziz.
Governador Omar Aziz vai defender a bandeira dos projetos iniciados pelo ex-governador Eduardo Braga, com destaque para o Prosamim, a Ponte Manaus-Irandura e o Zona Franca Verde.
Senador Alfredo Nascimento/ Serafim Correa defendem a gestão profissional no poder público, a transparência na atuação do gestor público, o zelo pela coisa pública e a soma de experiências na administração pública.
Acredito que nessa eleição, além da campanha tradicional do corpo-a-corpo junto ao eleitor, outros dois vetores serão decisivos para conquista do eleitor.
O “Fator Ambiental” deverá ser um componente obrigatório nos planos de governo. Avanços serão necessários nas políticas de proteção à floresta, assegurando inclusão social e digital. Garantir que as UC_Unidades de Conservação saiam do papel e passem a existir de fato com gestores qualificados e criação de mecanismos sociais que remunerem de verdade aquelas pessoas que garantem a preservação dos recursos naturais.
O “Fator Midiático” irá influenciar decisivamente em favor daquele candidato que melhor se comunicar com seu público usando as ferramentas da internet, como os sites de campanha, os blogs, os sites de relacionamentos e mais especificamente, o microblog twitter, onde a chance do debate de ideias diretamente com o eleitor ajudará a decidir em quem votar, lembrando que as velhas práticas políticas não são bem vindas nessas novas ferramentas de mídia.
Nessa eleição, os municípios de Tefé, Parintins, Itacoatiara e Manacapuru vão decidir quem será o próximo governador. Portanto, o candidato que oferecer a melhor alternativa de desenvolvimento sustentável para o interior certamente vai ganhar a disputa.
Neste momento, pesquisas sugerem que a chapa Alfredo/Serafim largou na frente pela disputa para o governo, restando aguardar como esse quadro vai evoluir com o início do horário eleitoral.

sábado, 29 de maio de 2010

Amazonas e Manaus não cumprem a Lei da Transparência


A Lei da Transparência, como ficou conhecida a Lei Complementar 131/09 (que estabelece dispositivos a Lei de Responsabilidade Fiscal) de autoria do ex-senador João Capiberibe, entrou em vigor nessa semana, mas, estados e municípios, ao que parece, não estão dando muita bola para isso.
Essa lei estabelece que União, Estados e Municípios com mais de 100.000 habitantes passem a publicar na internet, em tempo real, as receitas obtidas e como gastam o dinheiro do contribuinte.
O Autor da Lei observa que há muita resistência do poder público em cumprir a legislação, mas, encoraja a sociedade a cobrar dos gestores o cumprimento da publicação dos gastos em tempo real na internet, como uma ferramenta de controle social que vai ajudar a identificar os “fichas-sujas” que assombram os cofres da União, dos Estados e dos Municípios.
Cumpre destacar que, apenas os estados do Acre, do Ceará, do Espirito Santo, do Maranhão, do Pará, de Santa Catarina e Tocantins já se adequaram a Lei, disponibilizando os gastos realizados, especificando cada despesa paga e atualizando diariamente na internet.
Enquanto isso, o Governo do Estado do Amazonas e a Prefeitura de Manaus ainda não se adequaram a lei, não disponibilizando para a sociedade, na internet, como gastam o “rico dinheirinho” dos contribuintes.
É chegada a hora de o Ministério Público agir, obrigando o imediato cumprimento da lei.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dia da Mata Atlântica


No Brasil, hoje (27/mai) é comemorado o “Dia da Mata Atlântica”.

Em 1500, quando o Brasil foi descoberto a Mata Atlântica se estendia desde o litoral do Rio Grande ao Sul até o Rio Grande do Norte no nordeste brasileiro.

Esse bioma, semelhante a floresta amazônica, era bastante rica com uma diversidade biológica gigantesca, cuja principal espécie da época era o Pau-Brasil, hoje praticamente extinto na Mata Atlântica, devido a exploração predatória que alavancou a economia brasileira naquele século.

Estudos comprovam que, do total existente na época, cerca de 1.300.000km2, praticamente contínuos, hoje, restam apenas 7,84% de cobertura vegetal original, mesmo assim, a Mata Atlântica ainda desempenha um papel importante no meio ambiente abrigando espécies nativas desse bioma que podem ser encontrados nos grandes fragmentos florestais na Serra da Mantiqueira e na Serra do Mar.

A Mata Atlântica é considerada um “Patrimônio Nacional” amparada que foi pela Constituição Federal em seu artigo 225, § 4 e um decreto presidencial de 21/set/99 instituiu o dia 27 de maio como o Dia da Mata Atlântica.

O que nós, brasileiros, fizemos com a Mata Atlântica, deve servir de lição para que não se repita esse mesmo erro com a Floresta Amazônica.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Vazamento petróleo no Golfo do México


O homem não para de causar tragédias e danos ao meio ambiente ao redor do mundo.
Estamos assistindo atônitos, um vazamento de petróleo cru que está ocorrendo no golfo do México há mais de 35 dias, petróleo que vaza em quantidades absurdas 24h/dia, tudo isso sendo assistido na televisão no horário nobre, pois uma câmera submarina foi instalada transmitindo imagens 24h/dia.
Completando o pacote de agressões marinhas, um navio-cargueiro da Malásia chocou-se com outro navio e derramaram mais de 15 mil barris de petróleo.
O petróleo cru é um veneno cruel para aves marinhas, moluscos, tartarugas marinhas e outros peixes, com essa contaminação do mar, milhares de pescadores ficarão sem o sustento que retiram do mar.
Esse tipo de acidente é recorrente, sem que autoridades mundiais estabeleçam, a priori, penalidades rigorosas que inibam empresas negligenciem o “Principio da Precaução” em relação aos danos ambientais.
Cabe uma reflexão mais próxima da nossa realidade. Como será que a Petrobrás previne eventuais vazamentos na Bacia de Urucum? Sociedade e órgãos ambientais do Estado precisam estar atentos e vigilantes.



segunda-feira, 24 de maio de 2010

O lixo nas feiras de Manaus

No sábado (22) estava passando ao lado da Feira do Santo Antonio e me deparei com uma situação que deveria chamar atenção da SEMSA, da SEMULSP, da SEMAS, da SEMPAB, órgãos da Prefeitura de Manaus responsáveis que são, pela saúde, limpeza pública e meio ambiente e mercados&feiras respectivamente.
Uma imagem vale mais que 1000 palavras.
É inconcebível que hoje, a pouco mais de 4 anos de Manaus receber jogos de futebol da Copa 2014, imagens como essa sejam comuns ao redor dos nossos mercados e feiras, uma verdadeira questão de saúde pública antes mesmo do que uma questão de limpeza pública ou ambiental
Diferente do que se pensa, imagens como essa são comuns em todos os mercados e feiras da Cidade de Manaus, é lugar comum esse descaso.
Pense e Reflita. Será essa Manaus que queremos apresentar para a Copa 2014?.

sábado, 22 de maio de 2010

Dia Internacional da Biodiversidade

Em 1992, na Rio/92 foi assinada a CBD_Convenção da Biodiversidade, sob o patrocínio da ONU_organização das Nações Unidas, que se transformou no primeiro documento legal que buscava assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Um primeiro movimento que buscava criar mecanismos de proteção ao meio ambiente em face do desenvolvimento econômico
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2010, como o Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o planeta.
Nesse dia em que se comemora o DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE, devemos chamar atenção para as responsabilidades compartilhadas.
Biodiversidade significa tudo aquilo que envolve o mundo natural, como as plantas, os animais, os micro-organismos, ou seja, todas as formas de vida no planeta. Sem deixar de considerar todas as inter-relações existentes entre todas as formas de vida.
Estimativas sugerem a existência de algo entre 10 3 50 milhões de espécies animais e vegetais, todavia, até hoje temos catalogados um pouco mais de 1 milhão e meio de espécies.
Os cientistas consideram o Brasil, um país “megadiverso”, pois cerca de 20% de todas as espécies conhecidas estão por aqui, mais especificamente na nossa Floresta Amazônica.
Os maiores riscos a perda de biodiversidade, vem das agressões ao meio ambiente, ao uso irracional dos recursos naturais e a expansão da fronteira agrícola combinada com a expansão urbana usurpando territórios de plantas e animais.
Os governos e sociedade organizada são responsáveis pela proteção da biodiversidade, do lado do governos em estabelecer políticas públicas que preservem os ecossistemas e a sociedade realizando a fiscalização dessa proteção e denunciando agressões, quando necessários, aos organismos judiciais.
Como a biodiversidade é importante na nossa vida? Simples, o oxigênio que você respira, a maior parte vem, dos plânctons dos oceanos ou das florestas existentes em nosso planeta, portanto, você deve ser o mais interessado na proteção da biodiversidade.
Para nós que vivemos no bioma Amazônico, a nossa responsabilidade é muito maior, pois a ciência do futuro, a biotecnologia vai se consolidar aqui, as matérias-primas para os remédios do futuro que salvarão vidas no mundo inteiro, sairão daqui da Floresta Amazônica.
DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE. Vamos proteger nossa diversidade.
Fonte: ONU, wwf


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sacolas Plásticas em baixa no Rio de Janeiro

O Estado do Rio de Janeiro sai na frente no combate a poluição causada pelo descarte incorreto de sacolas plásticas que demoram mais de 300 anos para se decompor no meio ambiente.
A Lei 5.502/09 foi sancionada em 15/jul/09 que estabelece a substituição de sacolas plásticas por sacolas biodegradáveis, sacolas oxidegradáveis ou bolsas retornáveis em todos os estabelecimentos comerciais.
Essa mesma lei, definiu um prazo de substituição de 1 ano para grandes empresas, como os supermercados e outros prazos mais longos para pequenas empresas.
Como forma de forçar a adequação, a lei estabelece que se a empresa não tiver feito a substituição no prazo determinado, será obrigada a receber sacolas plásticas usadas de volta, como se fosse um ponto de coleta.
Todos os supermercados estão procurando formas de não cumprir a lei e procuram a justiça para se livrarem das penalidades.
No Amazonas, ainda não temos uma legislação que combata o uso de sacolas plásticas nos supermercados, as quais, via de regra, utilizadas como saco de lixo, sendo descartadas de forma incorreta, contaminando os aterros e lixões públicos.
Um projeto de lei do ex-vereador Paulo Di Carli, se encontra dormindo nos labirintos da Câmara Municipal de Manaus, sem que os vereadores dessa legislatura atribuam a importância ambiental que um tipo de legislação dessa mereça.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Brasil perde 8 bilhões/ano deixando de reciclar

O IPEA_Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou na sexta-feira (14) no Ministério do Meio Ambiente, um relatório revelando que o Brasil perde mais de 8 bilhões por ano, ao deixar de executar políticas ambientais para reciclagem de lixo, transformando todos os resíduos em lixo comum e despejando tudo nos lixões públicos e aterros das cidades brasileiras.
A partir do relatório, foi também apresentado o estudo Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão dos Resíduos Sólidos. Amparado em dados econômicos, o estudo apresenta estimativas de benefícios ambientais e financeiros ao propor instrumentos como o pagamento por produtividade e acréscimos compensatórios graduados, crédito cooperativo e formalização das cooperativas.
A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira a partir desse estudo, instituiu um grupo de trabalho interministerial para consolidar em 45 dias, o primeiro programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos associado à coleta do lixo e ao cooperativismo dos catadores.
O envolvimento dos municípios será fundamental para que o programa avance e possa transformar em realidade a adoção de políticas ambientais adequadas na disposição dos resíduos sólidos.
A Cidade de Manaus e os municípios do interior do estado precisam aproveitar essa oportunidade e se inserir, de vez, nesse contexto, transformado a realidade existente de lixões a céu aberto para um novo modelo, que considere a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários, considerando verdadeiramente, todas as oportunidades que a coleta seletiva e a reciclagem oferecem para uma política ambiental municipal.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Perfil dos Municípios Brasileiros

O IBGE_Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou nessa quinta-feira (13), o resultado da "Pesquisa de Informações Básicas Municipais", dez anos depois da primeira edição.
As prefeituras de 5.565 municípios brasileiros responderam os questionários que originaram o estudo que foi publicado hoje.
Foram pesquisadas informações sobre Administração, Habitação, Esporte, Cultura, Segurança, Transporte, Meio Ambiente, alem de Direitos Humanos, Saúde e Políticas de Gênero que entraram pela primeira vez na pesquisa.
Abaixo, os dados levantados pela pesquisa dos componentes ambientais .
Em um ano, municípios com estrutura ambiental passam de 77,8% para 84,5%

Em 2009, 84,5% dos municípios tinham algum órgão para tratar do meio ambiente. Em 2008, o percentual era de 77,8%. Houve aumento generalizado, e os maiores percentuais estavam entre os municípios mais populosos. Entre os municípios com estrutura ambiental, predominava a secretaria municipal conjunta com outras (52,5%). Vinham, em seguida, aqueles com secretaria municipal exclusiva (23,9%) e os subordinados a outra (16,0%).

Mesmo não sendo a região mais desenvolvida do país, o Norte tem o maior percentual de municípios com estrutura administrativa para o Meio Ambiente (92,2%).
A maior parte dos gestores de meio ambiente estava na meia idade: 47,1% tinham de 41 a 60 anos; e 37,6%, de 26 a 40 anos. A participação feminina era pequena, 16,6% contra 83,4% de homens, e maior entre as mais jovens (quase 90% tinham entre 18 e 40 anos de idade). Esses gestores tinham escolaridade elevada: 35,0% tinham nível superior completo e 14,2%, pós-graduação, somando quase 50% com grau universitário, proporção que crescia nos municípios mais populosos e chegava a 90% nos com mais de 500 mil habitantes.


Pela 1ª vez mais de metade dos municípios têm Conselho de Meio Ambiente
Em 2009, 3.135 municípios brasileiros (56,3%) tinham Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA). Foi a primeira vez em que mais da metade dos municípios declararam a existência de conselho. Esse órgão estava presente em todos os municípios com mais de 500 mil habitantes. Entretanto, ainda era baixa a presença de CMMA comparativamente a outros tipos de conselhos, como os de Assistência Social (99,3% dos municípios), Saúde (97,3%), Direitos da Criança e do Adolescente (91,4%) e Educação (79,1%).


Agenda 21 está em elaboração em 19,9% dos municípios
Em 2009, 19,9% dos municípios tinham iniciado o processo de elaboração da Agenda 211, percentual menor do que o de 2002 (29,7%). Ela estava sendo criada sobretudo nos municípios maiores (60,0% entre aqueles com mais de 500 mil habitantes) e de 100 mil a 500 mil habitantes (49,4%).
1 A Agenda 21 local é um processo participativo e multissetorial de elaboração de um programa estratégico de ação dirigido ao desenvolvimento sustentável local, por meio de políticas públicas.
A Agenda 21 era mais frequente na região Norte (27,4%), seguida por Nordeste (25,8%), Sudeste (18,5%), Centro-Oeste (13,7%) e Sul (12,4%). Em relação a 2002 houve uma queda expressiva no percentual da região Nordeste (de 63,8% para 25,8%), mas nas demais regiões, cresceu a participação de municípios elaborando a Agenda 21.
Em 2009, 46,8% dos municípios tinham algum tipo de legislação ambiental, contra 42,5% em 2002.


Cresce a participação dos municípios em comitês de bacia
Em 2002 47% dos municípios participavam de Comitê de Bacia Hidrográfica, percentual que foi de 50,9%, em 2004 para 61,1%, em 2009. Os municípios mais populosos continuam com maior participação (82% na faixa entre 100 mil a 500 mil e 90% na de mais de 500 mil habitantes). Entre aqueles com até 5.000 e com até 20.000 habitantes, mais da metade participou de algum comitê de bacia em 2009.

Fonte: IBGE


quinta-feira, 13 de maio de 2010

O lixo em Manaus e no Interior

Em março/10 foi aprovada pela Câmara dos Deputados (ainda falta passar no Senado) em Brasília a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece legislação específica para o trato e disposição dos resíduos sólidos.
A legislação aprovada reúne conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos, entre elas: responsabilidade compartilhada; gestão integrada; inventário; sistema declaratório anual; acordos setoriais; ciclo de vida do produto; não-geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; logística reversa; princípios do direito ambiental; a elaboração de planos de gestão (em nível Nacional, dos Estados e Municípios) e de gerenciamento (pelo setor empresarial); e o destaque para a inclusão social por meio do fortalecimento das cooperativas de catadores.
No Amazonas, o que encontramos é desalentador, é inadmissível que em pleno século 21, os 62 municípios do Estado não tenham uma política ambiental para a correta destinação de seus resíduos sólidos.
Na capital do estado Manaus, existe um aterro controlado, quando deveríamos ter um aterro sanitário funcionando corretamente de acordo com as melhores práticas mundiais de disposição de resíduos sólidos. É bem verdade que, um Plano Diretor dos Resíduos Sólidos está sendo discutido no âmbito da cidade de Manaus, sinalizando que podemos entrar no caminho certo.
No interior do Amazonas, a situação é um verdadeiro caos, todos os municípios padecem da falta de um sistema adequado para disposição dos resíduos sólidos, nessas cidades, o que vemos são verdadeiros lixões a céu aberto, tornando um verdadeiro crime ambiental essa destinação incorreta dos resíduos.
Não basta alardear que o Amazonas apresenta apenas 2% de perda da cobertura vegetal da floresta amazônica, só isso não basta, o lixo está em todas as partes e envolve toda a sociedade, vejo a necessidade de um plano de ação integrado entre o poder público e a sociedade, que apresente soluções ambientalmente corretas na disposição de resíduos sólidos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Panorama Global da Biodiversidade


A ONU_Organização das Nações Unidas lançou ontem (10) o GBO-3 (Global Biodiversity Outlook) sigla em inglês para o Panorama Global da Biodiversidade, alertando que o compromisso mundial de uma redução significativa da perda de biodiversidade, não foi atingido, metas essas que foram assumidas na CDB_Convenção sobre Diversidade Biológica.
No relatório, são apontadas a cinco principais pressões que estão causando a perda de biodiversidade, que são: alteração nos habitats, sobre-exploração, poluição, espécies exóticas invasivas e alterações climáticas. Por outro lado, registra-se significativa redução de perdas florestais em algumas regiões, com destaque para o Brasil, resultante do programa de áreas protegidas da Amazônia (ARPA).
Pelo estudo, a ONU estima um custo entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões por perda de cobertura vegetal das florestas. Este cálculo é resultado de um projeto conhecido como EBB_Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade que considera os serviços da natureza, como purificação da água, do ar etc.
O GBO-3 propõe ainda uma série de ações para reduzir a perda de biodiversidade, dentre as quais destaco:
- Garantir que os benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e dos conhecimentos tradicionais e a eles associados, bem como do acesso aos mesmos – provenientes, por exemplo, do desenvolvimento de medicamentos e cosméticos - sejam equitativamente partilhados com os países e as culturas de quem provêm.
- Comunicação, educação e sensibilização com vista a assegurar que, na medida do possível, todas as pessoas, compreendam o valor da biodiversidade e as medidas que podem tomar para protegê-la, modificando os seus padrões de consumo e comportamento.
Esse relatório será debatido por líderes mundiais e chefes de Estado num segmento especial de alto nível da Assembleia Geral, que acontecerá em 22 de setembro na Sede da ONU em Nova York e suas conclusões também serão fundamentais para as negociações que serão feitas pelos governos na Cúpula sobre Biodiversidade de Nagoya (Japão), em outubro.




segunda-feira, 10 de maio de 2010

Revisão do Código Florestal

Semana passada, recebi um carta-resposta, via email, do Deputado Federal Aldo Rebelo, relator do projeto de lei, que tenta alterar o código florestal brasileiro.
A resposta veio contestando minha assinatura a petição online por iniciativa do Greenpeace contra o parecer do deputado que tenta modificar o código florestal brasileiro.
Na resposta, Aldo tenta demonstrar que o código atual está defasado pelo tempo , mas não apresenta propostas reais de combate ao desmatamento na Amazônia, sendo que, hoje a reserva legal representa a principal ferramenta de proteção contra desmatamento.
No ponto mais polêmico do parecer da reforma do código, estabelece a redefinição de reserva legal, (que na Amazônia é de 80% da propriedade) para que não seja mais por propriedades e sim, por bacias hidrográficas, retirando uma conquista histórica de ONG’s ambientalistas.
O parecer deverá ser votado em junho, mas até lá, organizações que estão contra farão muito barulho e vão trabalhar pela rejeição desse parecer junto aos deputados sensibilizados pela causa ambientalista.
Enquanto isso, não sabemos ainda como votarão os deputados federais do Estado do Amazonas, que até agora não se posicionaram sobre o assunto. A hora de unir o discurso a prática -que temos o Amazonas protegido com 98% de cobertura vegetal- é agora.






sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mercado de Carbono


O Ministério da Fazenda desenvolve estudo que prevê a criação de um “mercado de carbono”, possibilitando que, empresas que lançarem quantidades de carbono acima da meta a ser determinada, serão obrigadas a “comprar” títulos no mercado brasileiro, que funcionará com certificados de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Inicialmente, os setores que estarão sujeitos a essa regulação serão: indústrias, transportes, geração de energia e agronegócio.
A partir do estabelecimento das metas, a empresa que lançar menos carbono na atmosfera, estará apta a vender creditos, ao passo que, aquelas que lançarem mais carbono que o teto determinado, serão obrigadas a comprar títulos para compensarem suas emissões.
Por esse modelo, em desenvolvimento, uma agencia reguladora seria criada para estabelecer as regras de como funcionaria o setor e fiscalizar o cumprimento das metas acordadas.
O Governo brasileiro definiu em 2009, metas voluntárias de corte nas emissões entre 36,1% e 38,9% , o que obrigará o poder publico a estabelecer metas de redução especificas para cada um setor da economia brasileira.
De concreto mesmo, existe apenas o objetivo declarado do governo na redução do desmatamento na Amazônia em 80%.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Seringais em alta


A empresa francesa Veja, que produz tênis ecológicos e pratica o comércio justo(fair trade), trouxe um novo alento aos seringueiros da RESEX Chico Mendes, Reserva Extrativista localizada no estado do Acre.
Para a confecção de solados de tênis, a Veja adquiriu da comunidade 30 toneladas de borracha natural, numa parceria inédita entre a empresa, a Unb e a Resex, os tênis são vendidos na Europa entre 65 e 160 euros.
A borracha natural, originária da floresta, recebe um tratamento químico desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Química da UnB_Universidade de Brasília, conhecido como FDL_Folha de Defumação Líquida.
A Resex estará fornecendo esse segundo lote ao preço de R$ 7,00/kg, sendo que os seringueiros ainda terão um adicional de subvenção do estado do Acre de R$ 1,40/Kg.
O autor da tecnologia da FDL é Floriano Pastore, que destaca as qualidades ambientais e sociais desse projeto nascido na UnB, como a participação familiar e a manutenção do seringueiro na floresta.
Parcerias como essa, demonstram ser possível levar tecnologia para a floresta e ao mesmo tempo, agregar valor a esses produtos, gerando desenvolvimento sustentável para as comunidades.
Para saber mais detalhes, acesse:

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Ontem (05) foi comemorado o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa com o tema “Liberdade de Informação”.
O direito a informação é inalienável a população e não deve ter nenhum tipo de censura ou cerceamento na livre criação e circulações do pensamento.
No Brasil, num passado recente que não devemos esquecer jamais, jornais e revistas foram submetidos a censura para que a população não soubesse de fatos tristes da nossa história.
O governo atual até que tentou estabelecer um controle social criando um conselho federal de jornalistas, em contrapartida, o Ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar determinando que para exercer a função de jornalista o cidadão não precisa ter curso diploma.
No mundo atual, com o advento da internet, a informação adquiriu o status de livre circulação, sem amarras, pois a rede é completamente aberta e está disponível a qualquer uma pessoas que tenha um computador ou um portátil como notebook/netbook.
O acesso a informação ajuda construir cidadania, por isso, não para de crescer os blog, onde qualquer pessoa pode escrever o que pensa sobre qualquer assunto, como forma de disseminar informação.
As mídias sociais, como twitter, orkut, facebook, msn, google talk lideram as estatísticas de usuários, cujo principal papel é a troca de informação livremente. A livre circulação da informação proporciona termos a oportunidade de acompanhar as taxas de desmatamento na Amazônia, os desastres ambientais nos rincões da floresta, tudo isso é possível com auxilio da informação que é disponibilizada para todos.


A promoção da liberdade de informação é um dever do Estado e cabe a Sociedade saber utilizar esse benefício da melhor forma, levando cidadania através da informação.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Desmatamento. Redução significativa na Amazônia

O INPE_Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais disponibilizou dados consolidados do desmatamento na Amazônia relativo a agosto/2008 a julho/2010 por corte raso. Informação vem do PRODES_Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal, concluindo que o desmatamento nesse período foi de 7.464 Km². Na estimativa publicada em novembro/2009 os números sinalizavam um desmatamento por volta de 7.008 km².
Os 7.464 km² representam uma redução de 42% na taxa de desflorestamento em relação ao período compreendido entre 2007-2008, esse percentual representa a menor taxa anual encontrado desde que o INPE iniciou a série histórica do monitoramento por satélite na Amazônia em 1988.
Houve redução de desflorestamento em todas as unidades da federação que compõem a Amazônia Legal, demonstrando que as ações do poder público tem sido eficientes na redução do desmatamento.

Amazonas segue firme na sua posição de estado com menores taxas de desmatamento, mas precisa evoluir para as demais questões além do ambiental, como o social e o economicamente justo, criando políticas mais eficazes para o desenvolvimento sustentável no interior do Estado, como o trato dos resíduos sólidos.