terça-feira, 10 de novembro de 2015

A praga dos gafanhotos da corrupção


A cada dia que passa, a população é surpreendida com escândalos de corrupção que grassa na classe política brasileira, aí inclusos, os poderes executivo e legislativo. A praga da corrupção está formalmente instalada nos corredores e gabinetes da classe política brasileira, é um mal difícil de ser combatido e que subtrai dinheiro público que falta na saúde, educação, moradia dentre outros direitos básicos do cidadão.

No Executivo, temos uma presidente da República que está prestes a ter suas contas reprovadas pelo TCU-Tribunal de Contas da União, decorrente das chamadas “pedaladas fiscais” que visava desviar verbas rubricadas para uso e gasto nos programas sociais, com objetivo de garantir a sua reeleição a qualquer preço. Do outro lado, a mesma presidente é refém do PMDB que tem um pedido de impeachment pronto para ser aceito pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, que chantageia o governo federal, o qual cede trocando cargos por votos e pelo engavetamento do pedido.

No Legislativo, a Câmara Federal está prestes a implodir por conta das graves denúncias que pesam contra o presidente Eduardo Cunha, sendo que o parlamentar já foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao STF_Supremo Tribunal Federal, por um suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás descoberto na operação Lava-Jato, onde o procurador pede a condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, coisa de cinco milhões de dólares de propina para intermediar contratos de navios sonda da Petrobrás. A Rede Sustentabilidade juntamente com o PSOL protocolou no Conselho de Ética uma representação pedindo a cassação do mandato de Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar. Ainda no Legislativo, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros é oficialmente investigado por conta de denúncias constantes dos inquéritos da operação Lava Jato.

Resumindo, no plano federal, em Brasília temos as mais altas autoridades dos poderes Executivo e Legislativo brasileiro sob investigações que podem levar a perda dos seus mandatos enlameados que estão por supostas ligações com corrupção.

Trazendo a realidade política para nossa região, os poderes estadual e municipais também são alvos de denúncias de corrupção envolvendo dinheiro público.

Há três semanas atrás, veio a tona um escândalo envolvendo o governo do estado do Amazonas, onde o secretário de infraestrutura, Geraldo de Deus, saiu atirando para todos os lados, suas denúncias resvalaram no governador Jose Melo. Até agora, não se sabe se os órgãos de controle externo já tomaram alguma ação concreta para apuração das denúncias e punição aos responsáveis.

Na mesma semana, a prefeitura de Manaus também foi apontada como participante de um processo eivado de vícios na licitação dos radares, onde as denúncias apontam a participação de gente graúda de dentro do governo municipal. O fato acabou por causar o cancelamento da licitação e a demissão do secretário, porém, uma apuração ainda não foi oficialmente aberta, para que saibamos do que realmente aconteceu, além da criação do consorcio ter sido constituído dias depois de ter vencido o certame. O prefeito Arthur Neto está sob fogo cruzado por conta de novas denúncias envolvendo agora a nomeação de uma assessora jurídica para gerenciar esses contratos e pasmem, contrato onde a mesma foi representante da empresa ganhadora do certame, em outras palavras, atuou no lado externo do balcão e agora está do lado interno do balcão representando o poder público, num claro conflito de interesses.

A corrupção não escolhe cidade ou município, prova disso é que hoje(10) em Iranduba, na região metropolitana de Manaus, aconteceu a “Operação Cauxi” , numa ação conjunta da Policia Civil/Departamento de Repressão ao Crime Organizado, Controladoria Geral da União(CGU) e Ministério Público Estadual(MPE) para cumprir 20 mandatos de busca e apreensão envolvendo o prefeito do município, Xinaik Medeiros, secretários e vereadores, todos supostamente envolvidos em corrupção nas licitações de serviços da Prefeitura, confirmando-se até a existência de pagamento mensal aos vereadores para aprovar medidas de interesse do prefeito, propina essa conhecida como “mensalinho”. Todos são acusados de crimes como: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, corrupção passiva, concussão, falsidade ideológica dentre outros.

É notório que os poderes constituídos no Brasil estão com suas estruturas de representação falidos e completamente tomados pelas pragas dos gafanhotos da corrupção e somente, punições exemplares irá melhorar a qualidade dos políticos brasileiros. A impunidade é mãe da corrupção.

Porém, a parcela maior de culpa e responsabilidade cabe aos eleitores, que escolhem mal seus representantes esperando contrapartidas futuras. Não existe em nossa sociedade a educação política tão necessária na democracia representativa.

O Brasil já mostrou sua cara, uma face coberta de lama da corrupção, está mais do que na hora do Brasil mudar sua cara e você, eleitor, é o principal agente da mudança que a política brasileira precisa.

domingo, 1 de novembro de 2015

Brasil sofre com a crise politica que destroi a economia


Ontem numa conversa que tivemos com Marina Silva em Manaus, ela nos disse que “diante da atual crise política instalada no Brasil, onde PT e PSDB esticaram a corda além do ponto de retorno, não existe uma saída baseada em salvadores da pátria”.

Essa polarização já deu o que tinha que dar e a briga do poder pelo poder levou a extremismos exagerados de lado a lado e hoje a crise política instalada potencializou a crise econômica que destrói rapidamente toda a confiança do mercado em relação a capacidade do Brasil em honrar seus compromissos financeiros internacionais e dar um rumo mínimo de crescimento econômico que garanta a manutenção do nível de empregos.

Uma das principais agências internacionais de classificação de riscos, rebaixou a nota brasileira e uma segunda está próxima de anunciar também o rebaixamento do grau de investimento, como isso, o recado dado aos mercados é: Brasil está afundando e não terá condições de cumprir seus compromissos e o efeito manada do mercado leva os investidores para outros lugares e cria esse clima de incerteza econômica levando a cotação do dólar para números jamais vistos.

Os desdobramentos políticos da Operação Lava-Jato que culminaram com indiciamento criminal de membros do alto escalação do governo na Petrobras e o esquema milionário das propinas e contratos milionários das empreiteiras mostrou ao Brasil o pulso firme do juiz Sergio Moro e a sociedade viu figurões, nunca antes visto na história desse pais, serem encarcerados pela Policia Federal.

No plano político, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha do PMDB tem contra si uma investigação criminal, com fartas provas e, mesmo assim, por um acordo entre partidos, permanece no cargo por conta de uma “chantagem” contra a presidente Dilma Rousseff, já que o mesmo tem pedido de impeachment contra ela, que pode apeá-la do cargo, num verdadeiro abraço dos afogados, onde um não força mais a barra do outro e assim, vão sobrevivendo sem nenhum arranhão, como diria Cazuza. Enquanto isso, o governo é loteado em cargos para que o processo não prospere e o partido mais corrupto da nação continua saqueando o pais.

A classe política brasileira está no mais completo descrédito, com salários de primeiro mundo e projetos políticos pífios sem a devida responsabilidade com a situação atual do Brasil, juntamente com o poder executivo com seus privilégios e benefícios exorbitantes e ambos parecem viver num outro mundo com disponibilidade econômica sem restrições.

Não tendo a alternativa de um salvador da pátria para botar o Brasil de volta nos trilhos, só nos resta um caminho, qual seja um plano nacional de reconstrução, onde agenda econômica se relacione com a agenda social na busca de mecanismos que equilibrem as contas públicas, onde se reduza ao mínimo os gastos exorbitantes com publicidade institucional, o combate ao desperdício e a corrupção se tornem uma fonte de recursos que deva ser aplicado em favor da sociedade na forma de educação, saúde e segurança.

Nessa ação suprapartidária não cabem heróis ou salvadores da pátria, toda a sociedade deve se apropriar dos benefícios que garantam nossos empregos, o convívio com uma taxa de inflação em níveis mínimos que não corroam nossos salários e que o combate a corrupção seja uma constante e que a iniciativa privada tenha as condições necessárias e ambiente competitivo para proporcionar a geração de empregos, tão necessária para o desenvolvimento econômico da nação.

Não se pode sacrificar uma nação por uma eleição. (Marina Silva, 31\10\15)


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Rede Sustentabilidade surge no cenário politico brasileiro



Hoje o Brasil amanheceu melhor politicamente, ontem (22) tivemos através do TSE a aprovação da criação do nosso partido político Rede Sustentabilidade, esse reconhecimento por unanimidade dos ministros desse tribunal nos enche de orgulho por essa caminhada ter sido proveitosa e com a participação de homens e mulheres de bem.

Um partido que nasce com valores e princípios claramente definidos e aceitos por seus militantes é uma coisa nova na politica brasileira. A Rede defende a pluralidade politica, a dignidade da pessoa humana, a justiça social, o direito a defesa das minorias, a respeito a natureza e à vida em todas as suas formas de manifestação e da promoção e defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado, da função social da terra e dos conhecimentos tecnológicos e científicos, da função social da propriedade, da solidariedade e da cooperação, respeito as convicções religiosas e a liberdade para professá-las, da transparência e eficiência da gestão pública, da impessoalidade e do interesse público, da legalidade, do pleno respeito as diversidades e a coisa pública e ao bem comum, e finalmente, a construção do consenso progressivo em nossas deliberações da Rede.

Embora sejamos o 34º.partido politico no sistema politico brasileiro, certamente faremos a diferença nessa nova politica que pretendemos compartilhar com a sociedade brasileira.

Bem Vindo #Rede Sustentabilidade!!! Junte-se a nós por um Brasil melhor.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dilma, um segundo governo que mal começou e já dá mostras de ter acabado



Pela primeira vez na história ou melhor, seria, nunca antes na historia desse País, um governo manda ao Congresso uma proposta orçamentaria para o ano seguinte com um rombo de 30 milhões, desconsiderando a premissa básica de qualquer orçamento, qual seja o equilíbrio das contas, ou melhor, algum tipo de superávit.

O pior de tudo, é a desculpa esfarrapada de que, ao admitir esse desequilíbrio orçamentário com esse déficit, mostrar isso como uma qualidade, e dizer que se trata de transparência.

Desde esse evento há duas semanas, o governo ensaia varias saídas, em comum, apenas a insensatez de olhar o bolso do contribuinte como a principal saída, seja com aumento de impostos ou redução de direitos duramente conquistados no passado.

O Ministro Levy, do alto da sua soberba teve a cara de pau em dizer que “brasileiros devem encarar o aumento de impostos como um investimento” num segundo ato irônico ao primeiro torpedo disparado no começo da semana, onde ele enfatizava “população está preparada e vai entender, se precisar pagar mais impostos” , em ambas falas, nenhuma linha sobre seu próprio dever de casa, delegando ao Congresso encontrar fontes de receitas para equilibrar o orçamento.

Enquanto isso, a sociedade contribuinte não consegue de desvencilhar da saga gananciosa do governo em tungar nosso bolso, como podemos atestar no impostômetro que hoje beira a inacreditáveis 1.500.350.850.620,00 (números atualizados) e o que a sociedade recebe de volta em serviços públicos não é satisfatório, seja na saúde ou mesmo na educação.

Para completar o enredo do pastelão mexicano, a crise ética e politica continuam em alta, seja pela ação da Operação Lava Jato ou por conflitos do poder no Congresso.

Com esse ambiente sombrio, esse cenário acabou por contaminar o ambiente econômico e daí pro rebaixamento da nota brasileira foi uma passo para a perda do grau de investimento, em outras palavras, agora voltamos a fazer parte do grupo mundial dos “caloteiros”.

O discurso incisivo durante a campanha eleitoral de 2014 onde era assegurado que não teríamos aumento de impostos e nenhum direito social seria eliminado não durou os primeiros meses de mandato, valeu a pena o estelionato eleitoral na luta pelo poder, seja desqualificando adversários ou levando medo aos eleitores, como aquela propaganda em que aparecia um prato de comida sendo retirado da mesa de uma família carente.

Nem mesmo aquele slogan “novo governo novas ideias” sobreviveu, pois na primeira dificuldade por incompetência gerencial, bastou olhar pra trás e lembrar da famigerada CPMF, que hoje tentam de todas as formas ressuscitar, já que é mais fácil meter a mão no bolso do contribuinte.

Não acredito que o impeachment seja a saída, porém o governo precisa admitir com todas as letras que errou, que enganou a sociedade pintando um Brasil sem problemas e, ao admitir o erro, se desculpar perante todos os brasileiros, não somente aqueles que votaram no projeto de governo de Dilma Rousseff, e do traçar metas de correção de rotas, verdadeira e não populistas, de forma, levar o Brasil para o caminho certo da inflação sob controle, da seriedade das suas instituições e, por fim, democratizar a democracia com mais acesso a saúde publica, educação de qualidade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mais uma vez governo quer meter a mão no bolso do contribuinte



O governo federal não para de tentar enganar a população brasileira, seja com factoides ou balões de ensaios quando deseja tungar o bolso do brasileiro.

No começo dessa semana, a presidente Dilma Rousseff finalmente admitiu a existência da crise econômica e como isso tem afetado o bolso dos brasileiros, seja tendo seu poder de compra corroído por uma espiral inflacionaria que chega a mais de 9,8% ao ano ou com expectativa de crescimento negativo de -2% do Produto Interno Bruto(PIB) que vai tirar milhares de empregos de brasileiros.

Com a demora em reconhecer a existência da crise perdeu-se o tempo de aplicar as medidas corretas que pudessem corrigir a rota e voltar a apresentar um crescimento sustentado.

Para tentar passar uma impressão de boa gestora, o governo anuncia que irá reduzir o tamanho da máquina pública com a redução de 10 ministérios, mas, não apresentou nenhum plano concreto de como isso se dará na prática, exercendo aquela lógica do marketing onde o importante é falar coisas boas que a população que ouvir em tempos de crise.

Nenhuma linha foi dedicada a reduzir os gastos em publicidade, onde o governo mais aplica recursos depois dos programas sociais, ao mesmo tempo, nada se falou em relação aos 22 mil cargos de livre nomeação, fatiados que estão entre os tais partidos da tão mal afamada “base aliada”, origem dos esquemas de corrupção nas empresas públicas. Destaque negativo para os mais de 7 mil cargos em mãos de petistas.

Completando a tríade de notícias para engabelar o povo, vem o Ministro da Saúde com a ideia de ressuscitar o “imposto do cheque”, que segundo ele, dará um reforço de caixa de algo em torno de 85 bilhões que virão diretamente de todos os brasileiros correntistas em bancos. Dizendo ele que será uma contribuição social e com divisão desse bolo entre os entre federados além dele próprio mais os estados e os municípios, mas certamente, a maior fatia irá para o tesouro tungando o bolso de 100% de todos brasileiros.

Agindo assim, apenas comprova-se que na falta de ações mais concretas de redução das despesas públicas, o governo simplesmente mete a mão no bolso do contribuinte que é chamado apenas para pagar a conta da incompetência gerencial do governo

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Melhor remedio contra corrupção na politica é a democracia


Desejo boa manifestação a todos que forem participar dos protestos contra o governo Dilma e PT nesse domingo.

Lembro que contra a corrupção, contra a leniência, contra os desmandos dos governos, o melhor remédio é a democracia e seus instrumentos.

A cada 2 anos o brasileiro tem a chance de mudar seus destinos, seja no plano municipal ou governos federal e estadual. A educação e a informação são as ferramentas da transformação que possibilitam as escolhas corretas.

Há dias atrás, Marina Silva disse que essa crise que o Brasil enfrenta é uma excelente professora, dando a todos a oportunidade de aprender com os problemas e como sair deles, e quando sair, devemos estar mais fortalecidos.

Fale com seus amigos, com seus colegas, com seus vizinhos, diga a eles quão grande é a crise ética, a crise moral que as empresas publicas estão passando, e lembre-os que, são os políticos que escolhemos que causaram toda essa vergonha a nação brasileira, são eles que em nosso nome, indicam dirigentes corruptos, propineiros e facínoras, que desviam dinheiro da educação, da saúde e nos deixam a mercê da própria sorte.

Ano que vem tem eleição novamente, desta vez para prefeitos e vereadores, pensem bem e reflitam em quem vão colocar na cadeira do alcaide municipal, na câmara municipal para que depois você saiba que tipo de serviço a sua cidade vai oferecer naquilo que é seu dever constitucional, como educação infantil (creches), UBA´s que devem atender na saúde básica, e também transporte coletivo de qualidade e preço acessível, escolhendo bem seu prefeito, sua cidade é a primeira referencia para melhorar sua vida e a correta contrapartida do governos municipal. DEMOCRACIA + EDUCAÇÃO = CIDADANIA. Essa é a equação

sábado, 1 de agosto de 2015

Politica econômica brasileira dá mostra de ter esgotado arsenal contra inflação



O Brasil entrou num espiral de dificuldades que vem desde o começo do processo eleitoral do ano passado, quando precisava fazer ajustes rígidos em sua politica econômica e não o fez por conveniência do calendário eleitoral.

Equipe econômica precisa urgentemente encontrar caminhos que façam a economia voltar aos trilhos do desenvolvimento sustentado, mantendo o equilíbrio de seus fundamentos econômicos que são ancorados por três pilares: Cambio Flutuante, Metas de Inflação e Superávit Primário.

Vamos aqui destacar que o regime de metas de inflação não está mais funcionando, pois através desse sistema o Banco Central calibra os juros como forma de controlar a inflação e cumprir as metas determinadas e o fracasso dessa politica tem um viés politico que não podemos deixar de considerar nesse contexto.

O governo do PT olhou tão apenas o calendário da eleição e fechou os olhos para o pântano em que o Brasil estava entrando e deixou de ser importante o cumprimento de metas, como a da politica fiscal, a politica cambial e abriu-se as torneiras das renuncias fiscais e as bolsas das bondades.

O resultado de todas aquelas decisões tomadas no passado teve sua fatura apresentada agora e que vem corroendo nossa frágil economia e afetando, principalmente, o bolso daqueles mais necessitados.

Nossos números pioram a cada mês, superando limites e batendo recordes negativos e o governo federal, tenta de todas as formas, inclusive aquelas que no passado chamavam de heterodoxas, conter principalmente o avanço da inflação, sem nenhum sucesso como os números mostram.

Nossa meta de inflação anual está definida em 4,5% ao ano podendo variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, isso significa que o IPCA pode caminhar entre 2,5% a 6,5% de inflação anual, todavia estamos num barco a deriva em que a força das águas impulsiona o navio a andar mais rápido e sem controle, é assim que nossa inflação caminha numa crescente há mais de 12 meses e hoje beirando a 9,5% corroendo as reservas do tesouro e o bolso dos brasileiros.





Da mesma forma, o Brasil aplica a receita mais ortodoxa do mundo em relação ao controle da inflação que é simplesmente, aumentar a taxa de juros, fazendo o dinheiro se tornar mais caro no mercado desestimulando a produção de bens e reduzindo o consumo, atingindo o mercado e caminhando celeremente rumo a recessão.

A crescente das taxas básicas de juros (taxa Selic) mostra os constantes aumentos nas reuniões e sinaliza ao mercado que não teremos redução nas taxas num horizonte de médio prazo.




Considerando que a inflação está tecnicamente fora de controle e o remédio amargo que vem sendo utilizado, o aumento das taxas de juros, não está mais fazendo efeito, significa dizer que um dos fundamentos que sustentam nossa economia fracassou, e os sintomas são claros com o poder de compra do cidadão reduzido drasticamente.

O governo precisa fazer seu dever de casa e utilizando as politicas adequadas trazer de volta a economia forte que a fez se tornar a oitava economia mundial

sexta-feira, 1 de maio de 2015

DIA DO TRABALHO


Hoje se comemora o DIA DO TRABALHADOR, nesse primeiro de maio diversas nações ao redor do mundo também celebram essa data homenageando o trabalhador.

Aqui no Brasil, nós trabalhadores, temos pouco a comemorar, em termos de conquistas, embora as mais diversas centrais sindicais façam mega-shows com cantores famosos e sorteios de brindes valiosos, como automóveis, que acabam atraindo uma massa grande de trabalhadores.

Grandes temas que afetam o trabalhador brasileiro estão no centro da discussão no congresso nacional, tais como: redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, a PEC-4330 que trata terceirização e as MP`s 664 e 665 que retiram diversas conquistas trabalhistas.

Conquistas trabalhistas devem ser ampliadas e renovadas e são serem objetos de retrocessos sob a desculpa da crise econômica e neste cenário sóbrio, até a presidente da república, que vê sua popularidade descer a ladeira, abriu mão do discurso anual do Dia do Trabalho e optou por pequenos filmes divulgados na internet.

É bem verdade que o Brasil está na UTI econômica e respira com ajuda de aparelhos, tantos são os indicadores negativos que nos afetam, como crescimento zero em 2014 e previsão de crescimento negativo de 1,5 para 2015, enquanto navegamos com uma inflação de 8% e os juros básicos em estratosféricos 13,25 aumentando o custo do dinheiro e uma balança comercial que apresentou um déficit de 90 bilhões em 2014 e até agora, já temos mais de 12 bilhões em 2015.

Todos esses indicadores causam um estrago gigantesco na geração de novos empregos e criam imensas dificuldade para a manutenção dos empregos existentes, embora pelo número oficial do governo estejamos com uma taxa de desemprego entre 7 e 8%.

Nesse ano, o evento símbolo da luta dos trabalhadores, foi a batalha campal entre professores e polícia no Paraná, ocorrido nessa semana, onde nesse confronto uma força desproporcional foi aplicada pela polícia contra trabalhadores que lutavam pela classe, e ficou demonstrado o imenso fosso que separa trabalhadores e governos insensíveis a luta por melhores salários e condições de trabalho.

Os tempos são outros e poucos se apercebem disso, a hora é de oferecer mais benefícios aos trabalhadores, estimular a criação de mais empregos sustentáveis usando tecnologias sociais que se traduzam em emprego e renda para o cidadão que trava a luta diária para garantir o seu sustento e da sua família.

PARABÉNS TRABALHADOR BRASILEIRO.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Fundo partidário, a nova forma de exercitar a farra do dinheiro público


O PMDB dá mostras que tem a Presidente Dilma Rousseff como sua refém e a obriga a um exercício constante do “é dando que se recebe”.

Com a popularidade em baixa e praticamente sem nenhuma força dentro do congresso nacional e refém da tão famosa “base aliada” faz coisas que vão de encontro a tudo aquilo que a mesma diz em relação ao arrocho econômico que se faz necessário e a população é chamada a pagar essa conta, mas sua pratica não casa com o discurso de austeridade e contenção de despesas publicas.

Na data maior de um herói nacional Tiradentes, comemorado no feriado do dia 21/abril, Dilma assina uma medida provisória que eleva o fundo partidário de 289,56 milhões para inacreditáveis 867,56 milhões em 2015, indo de encontro a uma exigência dos partidos políticos, pressão essa exercida mais fortemente pelo PT e PMDB.

Aparentemente salutar, essa medida viria como compensação a “provável” proibição de doações de pessoas jurídicas a partidos políticos, e o começo “informal” do financiamento público de campanha, mas de fato, essa medida visa atender a necessidade voraz dos dois maiores partidos do Brasil de azeitar suas máquinas Brasil afora e manter a atual politica de dominação sobre os demais partidos.

A cada dia que passa Dilma Rousseff perde o controle e a gestão do Brasil, nesses arranjos administrativos com a cessão mais e mais ministérios para o PMDB e todo seu discurso de austeridade vai direto pro ralo e não adianta mais a voz do ministro Joaquim Levy garantindo a investidores e ao mercado que o Brasil não está caminhando a passos largos para uma recessão e não tem mais ferramentas para combater uma inflação de 8% em 2015 juntamente com o pior indicador de crescimento dos últimos 12 anos, cuja projeção sinaliza um crescimento negativo de -1,2% nesse ano.

O Brasil parece sem rumo e precisa urgentemente uma correção de rota, e não sabemos se a atual presidente é capaz de fazer a manobra necessária para por o Brasil de volta nos trilhos do crescimento econômico e se livrar de vez da praga da extorsão politica da tal "base aliada".

domingo, 1 de março de 2015

Impeachment e volta dos militares não é opção, a hora é de apoio ao Judiciário e ao MPF.


A corrupção que grassa nas hostes do PT tem levado a alguns brasileiros declararem que preferem a volta dos militares ao poder.

Isso seria o que de pior poderia acontecer ao nosso país, à volta dos “milicos” não é a melhor saída, temos que executar os mecanismos que a nossa tenra democracia dispõe nos casos de corrupção que envolva a presidência da republica.

Não concordo com esse movimento de impeachment contra a atual presidente eleita que foi democraticamente no ano passado. Seu governo desce a ladeira da podridão em que o PT se meteu pelo aparelhamento das principais empresas públicas, como essa da vez em que vemos na Petrobrás, no passado, já foi nos Correios, na Transpetro, no Banco do Brasil etc.

Nesse momento existem muitos que torcem pela derrocada do Brasil, nossa situação econômica é grave, uma crise financeira ronda nossa bolsa e não podemos defender a tese do “quanto pior melhor”, mais pra frente, caso as denuncias de corrupção cheguem ao Palácio da Alvorada e se tornem processos judiciais contra a presidente podemos avaliar a saída dela usando esse mecanismo.

É hora dos brasileiros exercitarem o senso de patriotismo amparando e declarando apoio aos órgãos do judiciário, uma boa dose de apoio popular ao Juiz Sérgio Moro que comanda a operação Lava Jato estimularia a outros a não irem para o caminho do engavetamento de processos que envolvam autoridades públicas, políticos e gente graúda das empreiteiras que comandam os processos de corrupção dentro dos órgãos públicos cooptando políticos sem escrúpulos.

Devemos emprestar nosso apoio e aplaudir o trabalho sério e operário da Policia Federal, que não se apequena e executa seu trabalho sem olhar patentes ou posições, levando as barras da justiça figurões que se achavam acima do bem do mal. Valorizar também o trabalho desenvolvido com seriedade pelo Ministério Público Federal, sem o qual, jamais veríamos tanta gente envolvida em corrupção atrás das grades, mostrando um trabalho digno de aplausos em que o sistema jurídico funciona sem interferências espúrias dos governantes de plantão.

No passado, a Itália e a Espanha passaram por um processo de limpeza ética nos governos e nos partidos políticos, agora é chegada da hora do Brasil fazer também seu dever de casa.

O Brasil precisa ser passado a limpo usando todas as ferramentas da democracia e do amparo das leis brasileiras, quem corrompeu quem foi corrompido, quem mandou, quem pagou, quem recebeu, quem desviou, enfim, quem praticou atos contra o Estado e contra o Tesouro deve ser processado, julgado e pagar pelos seus crimes, não importa patente, partido politico, não importa de aconteceu agora ou no passado, devemos ter a convicção e mostrar aos brasileiros que o crime não compensa, tudo isso foi cobrado durante as manifestações que aconteceram em Junho/13, onde os brasileiros foram as ruas cobrar um país digno para os brasileiros.

Politica deve ser lugar de gente de bem, onde devemos encontrar pessoas trabalhando pela melhoria de vida dos brasileiros, reduzindo as desigualdades regionais e mostrando ao mundo um Brasil que caminha rápido para se transformar numa sociedade moderna que promove o bem estar dos seus cidadãos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Venezuela dividida



A Venezuela mais uma vez está no centro das atenções da América Latina, há semanas um duro combate é travado nas ruas de Caracas e em algumas outras cidades como Tachira.

O governo de Nicolas Maduro oprime seu povo que tenta manifestar sua insatisfação com a atual crise política e econômica que sufoca a população.

O velho truque de culpar terceiros por incapacidade governamental está a pleno vapor, tendo como pano de fundo a estratégia de falar em golpe de estado, situação essa que tem levado centenas de cidadãos e lideranças políticas venezuelanas a cadeia, entre eles, Maria Corina Machado, cassada que foi do cargo de deputada em 2014, o opositor político Leopoldo López e Daniel Ceballos (ex-prefeito de San Cristóbal) presos há mais de um ano, na última semana o Prefeito de Caracas Antonio Ledezma foi também detido pela polícia secreta de Maduro sob o pretexto de tentar dar um golpe de estado na Venezuela.

O presidente Maduro se apega fervorosamente a herança chavista em seus discursos, chamando os venezuelanos para uma luta cívica nessa imaginaria guerra econômica, despertando a população para o lema da pátria de “Socialismo ou Morte”.

Segundo a ONU, “a detenção prolongada e arbitrária de opositores políticos e manifestantes está causando cada vez mais uma preocupação internacional”.

No plano internacional, os analistas veem com preocupação a posição brasileira em relação ao aprofundamento da crise na Venezuela, o Itamarati não se posiciona e com essa postura de indiferença mostra não ter a liderança que diz ter no Mercosul, onde a Venezuela aderiu ano passado por pressão do governo brasileiro.

Estive na Venezuela semana passada, um País lindo com belas riquezas naturais e um povo hospitaleiro e gentil, lá pude constatar as dificuldades que nossos irmãos desse País estão passando, as cidades passam por um processo de desabastecimento de gêneros de toda ordem, desde aqueles de primeira necessidade, como alimentos e bebidas, bem como aqueles necessários para fazer o país funcionar como um simples pneu de automóvel.


O retrato captado foi de um povo, que ainda mantem esperança de dias melhores, embora divididos, parte da população advoga que Maduro é a solução para todos seus problemas e uma parte considerável acha que o atual presidente não goza de uma boa saúde mental, opinião essa obtida de pessoas com as quais conversei, como motorista de taxi, vendedora de rua, frentistas de postos de gasolina e garçons.


A Venezuela segue dividida a espera de um milagre que livre sua população do sofrimento.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O sistema político e a corrupção no Brasil



As campanhas eleitorais são verdadeiras festas da democracia, os candidatos percorrem o país ou seus estados onde se apresentam como a solução de todos os problemas que afligem um país ou um estado.

Esse contato com os eleitores nos comícios, nos debates da televisão e na propaganda eleitoral no rádio e na televisão ajudam o eleitor a construir um referencial de candidato que mais se aproxima do que ele anseia como resultado de governo esperado, ou seja, tudo aquilo que é prometido em campanha se transforma em dívida eleitoral a ser quitada com o eleitor após vencer o pleito.

Todavia o que vemos em nossa tenra democracia é um exercício pleno do “estelionato eleitoral” onde certos candidatos fazem o canto da sereia para eleitor encantando o mesmo com a solução de todas mazelas, prometendo mundos e fundos antes de eleitos, agindo inversamente proporcional ao prometido depois de eleitor.

Vejamos o caso da presidente Dilma Rousseff, onde ao ser confrontada com propostas de governo da então candidata Marina Silva no tocante a flexibilização e atualização das leis trabalhista saiu-se com a famosa frase “nem que a vaca tussa” repudiando qualquer medida atualizadora de uma lei retrograda que só exporta empregos para outros países com mão de obra mais barata.

Ocorre que ao assumir o governo em seu segundo mandado a presidente Dilma Rousseff, a vaca tossiu logo nas primeiras semanas com a publicação de decreto restringido direitos dos trabalhadores na contramão do que foi dito na campanha. Isso não seria um caso de estelionato eleitoral? O eleitor que acreditou em todas suas promessas de campanha foi lesado em suas esperanças de um Brasil melhor?


É chegada a hora de modernizar nosso sistema político e a tal reforma política não anda e enquanto isso, vemos a corrupção que grassa nas empresas públicas em parceria com os partidos políticos degenerando toda uma classe do legislativo que transformam uma função pública em profissão onde a maioria só busca se locupletar das benesses do estado.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Discursos de Dilma e Melo pela Educação carece de embasamentos


Chamou atenção na posse da Presidente da República Dilma Rousseff e do Governador do Amazonas Jose Melo, o discurso de transformação da sociedade pela Educação.

A presidente Dilma Rousseff fiel a seu modo de ser abandonou o “governo novo, novas ideias” para adotar no seu discurso de posse aqueles nojentos slogans, onde tentam engabelar a população com frases de efeitos literárias e muito pouco de prática, aquele “pais rico é pais sem pobreza” foi completamente esquecido no réveillon de 2014 e agora, surge o novo “ Brasil: pátria educadora”, uma bela frase que significa de fato pura balela, mas de tão pouco efeito prático visto que o discurso não casa com a prática.

Senão vejamos nenhum plano que ancore o tal novo slogan foi apresentado, ou seja, quais indicadores serão priorizados para melhoria do ensino público, tais como: melhor qualificação dos professores, escola em tempo integral e também a escolha de um educador, com realizações e experiência na área da educação para comandar a pasta da Educação.

Porém o que vimos é a nomeação de um neófito, fruto da partilha do poder da base aliada onde a pasta da educação caiu no colo do ex-governador Cid Gomes, uma forma de pagamento de compensação por apoio politico de seu partido. Será que alguém acha que esse ministro da educação tem algum plano concreto para transformar o Brasil numa pátria educadora?. Num passado recente, Cid Gomes afirmou que a classe do magistério não precisa de bons salários, já que, sob sua ótica, magistério deve ser encarado com dom e a remuneração não conta para amparar o dom de ensinar.

Nenhuma linha foi dedicada à melhoria na Lei de Diretrizes e Bases da Educação ou na alteração dos percentuais de formação nos Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A ciência e tecnologia é o principal braço da educação, levando conhecimento a sociedade e a educação como pressuposto da transformação de sociedades. Ao olhar o curriculum do novo ministro da ciência e tecnologia, dá um dó gigantesco ao perceber a importância da pasta com a nomeação de Aldo Rebelo, uma espécie de “faz-tudo” da presidente Dilma, em vista da sua multiplicidade de funções, onde não tem expertise em nenhuma delas. O cartão de visita de alguém da área de educação, ciência e tecnologia são suas qualificações que estão registradas na plataforma Lattes. Dá pra imaginar que esse ministro nem tem curriculum no Lattes?

O fato é que, não existe nenhum plano, nenhum projeto, nenhuma ação que possa mudar o “status quo” da educação brasileira com esses dois ministros que assumiram os ministérios.

No plano local, o governador reeleito do Amazonas José Melo também trouxe o bordão da educação no discurso de posse. “Será por meio da educação que haveremos de construir um Amazonas ainda mais promissor e desenvolvido” foram suas primeiras palavras. Bonitas palavras que soam como música no ouvido da população que espera na educação a tão sonhada mobilidade social, embora nenhum plano, nenhum fato concreto foi apresentado que pudesse substanciar seu discurso aplicado a prática.

Não se pode subestimar o cabedal de conhecimento e experiência acumulado pelo governador Melo no campo da educação, mas seu discurso padece de evidencias que possam ser entendidas como ações concretas em favor da educação.

Durante a campanha, o governador Melo deu bastante ênfase na duplicação dos CETI´s,(Centro de Educação de Tempo Integral) prometendo construir mais de 30 unidades, especialmente no interior do Estado. É sabido que a educação não transforma a sociedade apenas com equipamentos, e sim, pela valorização dos professores, com um plano de carreira, cargos e salários minimamente decente aliado a tecnologia de ponta nas salas de aulas.

Falta, portanto, que a sociedade tenha conhecimento de como a Educação se tornará o principal vetor de desenvolvimento do Amazonas.