sábado, 1 de agosto de 2015
Politica econômica brasileira dá mostra de ter esgotado arsenal contra inflação
O Brasil entrou num espiral de dificuldades que vem desde o começo do processo eleitoral do ano passado, quando precisava fazer ajustes rígidos em sua politica econômica e não o fez por conveniência do calendário eleitoral.
Equipe econômica precisa urgentemente encontrar caminhos que façam a economia voltar aos trilhos do desenvolvimento sustentado, mantendo o equilíbrio de seus fundamentos econômicos que são ancorados por três pilares: Cambio Flutuante, Metas de Inflação e Superávit Primário.
Vamos aqui destacar que o regime de metas de inflação não está mais funcionando, pois através desse sistema o Banco Central calibra os juros como forma de controlar a inflação e cumprir as metas determinadas e o fracasso dessa politica tem um viés politico que não podemos deixar de considerar nesse contexto.
O governo do PT olhou tão apenas o calendário da eleição e fechou os olhos para o pântano em que o Brasil estava entrando e deixou de ser importante o cumprimento de metas, como a da politica fiscal, a politica cambial e abriu-se as torneiras das renuncias fiscais e as bolsas das bondades.
O resultado de todas aquelas decisões tomadas no passado teve sua fatura apresentada agora e que vem corroendo nossa frágil economia e afetando, principalmente, o bolso daqueles mais necessitados.
Nossos números pioram a cada mês, superando limites e batendo recordes negativos e o governo federal, tenta de todas as formas, inclusive aquelas que no passado chamavam de heterodoxas, conter principalmente o avanço da inflação, sem nenhum sucesso como os números mostram.
Nossa meta de inflação anual está definida em 4,5% ao ano podendo variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, isso significa que o IPCA pode caminhar entre 2,5% a 6,5% de inflação anual, todavia estamos num barco a deriva em que a força das águas impulsiona o navio a andar mais rápido e sem controle, é assim que nossa inflação caminha numa crescente há mais de 12 meses e hoje beirando a 9,5% corroendo as reservas do tesouro e o bolso dos brasileiros.
Da mesma forma, o Brasil aplica a receita mais ortodoxa do mundo em relação ao controle da inflação que é simplesmente, aumentar a taxa de juros, fazendo o dinheiro se tornar mais caro no mercado desestimulando a produção de bens e reduzindo o consumo, atingindo o mercado e caminhando celeremente rumo a recessão.
A crescente das taxas básicas de juros (taxa Selic) mostra os constantes aumentos nas reuniões e sinaliza ao mercado que não teremos redução nas taxas num horizonte de médio prazo.
Considerando que a inflação está tecnicamente fora de controle e o remédio amargo que vem sendo utilizado, o aumento das taxas de juros, não está mais fazendo efeito, significa dizer que um dos fundamentos que sustentam nossa economia fracassou, e os sintomas são claros com o poder de compra do cidadão reduzido drasticamente.
O governo precisa fazer seu dever de casa e utilizando as politicas adequadas trazer de volta a economia forte que a fez se tornar a oitava economia mundial
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