sábado, 3 de janeiro de 2015
Discursos de Dilma e Melo pela Educação carece de embasamentos
Chamou atenção na posse da Presidente da República Dilma Rousseff e do Governador do Amazonas Jose Melo, o discurso de transformação da sociedade pela Educação.
A presidente Dilma Rousseff fiel a seu modo de ser abandonou o “governo novo, novas ideias” para adotar no seu discurso de posse aqueles nojentos slogans, onde tentam engabelar a população com frases de efeitos literárias e muito pouco de prática, aquele “pais rico é pais sem pobreza” foi completamente esquecido no réveillon de 2014 e agora, surge o novo “ Brasil: pátria educadora”, uma bela frase que significa de fato pura balela, mas de tão pouco efeito prático visto que o discurso não casa com a prática.
Senão vejamos nenhum plano que ancore o tal novo slogan foi apresentado, ou seja, quais indicadores serão priorizados para melhoria do ensino público, tais como: melhor qualificação dos professores, escola em tempo integral e também a escolha de um educador, com realizações e experiência na área da educação para comandar a pasta da Educação.
Porém o que vimos é a nomeação de um neófito, fruto da partilha do poder da base aliada onde a pasta da educação caiu no colo do ex-governador Cid Gomes, uma forma de pagamento de compensação por apoio politico de seu partido. Será que alguém acha que esse ministro da educação tem algum plano concreto para transformar o Brasil numa pátria educadora?. Num passado recente, Cid Gomes afirmou que a classe do magistério não precisa de bons salários, já que, sob sua ótica, magistério deve ser encarado com dom e a remuneração não conta para amparar o dom de ensinar.
Nenhuma linha foi dedicada à melhoria na Lei de Diretrizes e Bases da Educação ou na alteração dos percentuais de formação nos Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A ciência e tecnologia é o principal braço da educação, levando conhecimento a sociedade e a educação como pressuposto da transformação de sociedades. Ao olhar o curriculum do novo ministro da ciência e tecnologia, dá um dó gigantesco ao perceber a importância da pasta com a nomeação de Aldo Rebelo, uma espécie de “faz-tudo” da presidente Dilma, em vista da sua multiplicidade de funções, onde não tem expertise em nenhuma delas. O cartão de visita de alguém da área de educação, ciência e tecnologia são suas qualificações que estão registradas na plataforma Lattes. Dá pra imaginar que esse ministro nem tem curriculum no Lattes?
O fato é que, não existe nenhum plano, nenhum projeto, nenhuma ação que possa mudar o “status quo” da educação brasileira com esses dois ministros que assumiram os ministérios.
No plano local, o governador reeleito do Amazonas José Melo também trouxe o bordão da educação no discurso de posse. “Será por meio da educação que haveremos de construir um Amazonas ainda mais promissor e desenvolvido” foram suas primeiras palavras. Bonitas palavras que soam como música no ouvido da população que espera na educação a tão sonhada mobilidade social, embora nenhum plano, nenhum fato concreto foi apresentado que pudesse substanciar seu discurso aplicado a prática.
Não se pode subestimar o cabedal de conhecimento e experiência acumulado pelo governador Melo no campo da educação, mas seu discurso padece de evidencias que possam ser entendidas como ações concretas em favor da educação.
Durante a campanha, o governador Melo deu bastante ênfase na duplicação dos CETI´s,(Centro de Educação de Tempo Integral) prometendo construir mais de 30 unidades, especialmente no interior do Estado. É sabido que a educação não transforma a sociedade apenas com equipamentos, e sim, pela valorização dos professores, com um plano de carreira, cargos e salários minimamente decente aliado a tecnologia de ponta nas salas de aulas.
Falta, portanto, que a sociedade tenha conhecimento de como a Educação se tornará o principal vetor de desenvolvimento do Amazonas.
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