terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dilma, um segundo governo que mal começou e já dá mostras de ter acabado



Pela primeira vez na história ou melhor, seria, nunca antes na historia desse País, um governo manda ao Congresso uma proposta orçamentaria para o ano seguinte com um rombo de 30 milhões, desconsiderando a premissa básica de qualquer orçamento, qual seja o equilíbrio das contas, ou melhor, algum tipo de superávit.

O pior de tudo, é a desculpa esfarrapada de que, ao admitir esse desequilíbrio orçamentário com esse déficit, mostrar isso como uma qualidade, e dizer que se trata de transparência.

Desde esse evento há duas semanas, o governo ensaia varias saídas, em comum, apenas a insensatez de olhar o bolso do contribuinte como a principal saída, seja com aumento de impostos ou redução de direitos duramente conquistados no passado.

O Ministro Levy, do alto da sua soberba teve a cara de pau em dizer que “brasileiros devem encarar o aumento de impostos como um investimento” num segundo ato irônico ao primeiro torpedo disparado no começo da semana, onde ele enfatizava “população está preparada e vai entender, se precisar pagar mais impostos” , em ambas falas, nenhuma linha sobre seu próprio dever de casa, delegando ao Congresso encontrar fontes de receitas para equilibrar o orçamento.

Enquanto isso, a sociedade contribuinte não consegue de desvencilhar da saga gananciosa do governo em tungar nosso bolso, como podemos atestar no impostômetro que hoje beira a inacreditáveis 1.500.350.850.620,00 (números atualizados) e o que a sociedade recebe de volta em serviços públicos não é satisfatório, seja na saúde ou mesmo na educação.

Para completar o enredo do pastelão mexicano, a crise ética e politica continuam em alta, seja pela ação da Operação Lava Jato ou por conflitos do poder no Congresso.

Com esse ambiente sombrio, esse cenário acabou por contaminar o ambiente econômico e daí pro rebaixamento da nota brasileira foi uma passo para a perda do grau de investimento, em outras palavras, agora voltamos a fazer parte do grupo mundial dos “caloteiros”.

O discurso incisivo durante a campanha eleitoral de 2014 onde era assegurado que não teríamos aumento de impostos e nenhum direito social seria eliminado não durou os primeiros meses de mandato, valeu a pena o estelionato eleitoral na luta pelo poder, seja desqualificando adversários ou levando medo aos eleitores, como aquela propaganda em que aparecia um prato de comida sendo retirado da mesa de uma família carente.

Nem mesmo aquele slogan “novo governo novas ideias” sobreviveu, pois na primeira dificuldade por incompetência gerencial, bastou olhar pra trás e lembrar da famigerada CPMF, que hoje tentam de todas as formas ressuscitar, já que é mais fácil meter a mão no bolso do contribuinte.

Não acredito que o impeachment seja a saída, porém o governo precisa admitir com todas as letras que errou, que enganou a sociedade pintando um Brasil sem problemas e, ao admitir o erro, se desculpar perante todos os brasileiros, não somente aqueles que votaram no projeto de governo de Dilma Rousseff, e do traçar metas de correção de rotas, verdadeira e não populistas, de forma, levar o Brasil para o caminho certo da inflação sob controle, da seriedade das suas instituições e, por fim, democratizar a democracia com mais acesso a saúde publica, educação de qualidade.

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