domingo, 1 de novembro de 2015

Brasil sofre com a crise politica que destroi a economia


Ontem numa conversa que tivemos com Marina Silva em Manaus, ela nos disse que “diante da atual crise política instalada no Brasil, onde PT e PSDB esticaram a corda além do ponto de retorno, não existe uma saída baseada em salvadores da pátria”.

Essa polarização já deu o que tinha que dar e a briga do poder pelo poder levou a extremismos exagerados de lado a lado e hoje a crise política instalada potencializou a crise econômica que destrói rapidamente toda a confiança do mercado em relação a capacidade do Brasil em honrar seus compromissos financeiros internacionais e dar um rumo mínimo de crescimento econômico que garanta a manutenção do nível de empregos.

Uma das principais agências internacionais de classificação de riscos, rebaixou a nota brasileira e uma segunda está próxima de anunciar também o rebaixamento do grau de investimento, como isso, o recado dado aos mercados é: Brasil está afundando e não terá condições de cumprir seus compromissos e o efeito manada do mercado leva os investidores para outros lugares e cria esse clima de incerteza econômica levando a cotação do dólar para números jamais vistos.

Os desdobramentos políticos da Operação Lava-Jato que culminaram com indiciamento criminal de membros do alto escalação do governo na Petrobras e o esquema milionário das propinas e contratos milionários das empreiteiras mostrou ao Brasil o pulso firme do juiz Sergio Moro e a sociedade viu figurões, nunca antes visto na história desse pais, serem encarcerados pela Policia Federal.

No plano político, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha do PMDB tem contra si uma investigação criminal, com fartas provas e, mesmo assim, por um acordo entre partidos, permanece no cargo por conta de uma “chantagem” contra a presidente Dilma Rousseff, já que o mesmo tem pedido de impeachment contra ela, que pode apeá-la do cargo, num verdadeiro abraço dos afogados, onde um não força mais a barra do outro e assim, vão sobrevivendo sem nenhum arranhão, como diria Cazuza. Enquanto isso, o governo é loteado em cargos para que o processo não prospere e o partido mais corrupto da nação continua saqueando o pais.

A classe política brasileira está no mais completo descrédito, com salários de primeiro mundo e projetos políticos pífios sem a devida responsabilidade com a situação atual do Brasil, juntamente com o poder executivo com seus privilégios e benefícios exorbitantes e ambos parecem viver num outro mundo com disponibilidade econômica sem restrições.

Não tendo a alternativa de um salvador da pátria para botar o Brasil de volta nos trilhos, só nos resta um caminho, qual seja um plano nacional de reconstrução, onde agenda econômica se relacione com a agenda social na busca de mecanismos que equilibrem as contas públicas, onde se reduza ao mínimo os gastos exorbitantes com publicidade institucional, o combate ao desperdício e a corrupção se tornem uma fonte de recursos que deva ser aplicado em favor da sociedade na forma de educação, saúde e segurança.

Nessa ação suprapartidária não cabem heróis ou salvadores da pátria, toda a sociedade deve se apropriar dos benefícios que garantam nossos empregos, o convívio com uma taxa de inflação em níveis mínimos que não corroam nossos salários e que o combate a corrupção seja uma constante e que a iniciativa privada tenha as condições necessárias e ambiente competitivo para proporcionar a geração de empregos, tão necessária para o desenvolvimento econômico da nação.

Não se pode sacrificar uma nação por uma eleição. (Marina Silva, 31\10\15)


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