terça-feira, 13 de abril de 2010

As lições da tragédia do Rio para Manaus


O Rio de Janeiro em pouco mais de três meses sofreu com duas tragédias enlutando famílias de Angra dos Reis em Janeiro e agora em Abril em Niterói.
Centenas de vidas se perderam com deslizamento de terras nas encostas dos morros, onde existiam moradias, construídas de forma irregular, mas referendada pelo poder público, no momento que urbanizou a ocupação.
Não se discute o motivo que levou famílias a ocuparem os morros com suas moradias inseguras, expondo suas próprias famílias aos riscos de desabamentos, mas sim, a omissão do poder público em permitir que ali ficassem na espera de uma morte anunciada.
Passada a tragédia, os governantes nem sabem o que falar, fazem um discurso na linha que o culpado sempre são aqueles que morreram, eximindo-se da sua responsabilidade em proteger a vida do cidadão sob todas as formas.
Observo apreensivo, o silêncio das autoridades da cidade de Manaus em relação a esse tema, é fato a ocupação nos barrancos e encostas as margens do Rio Negro e seus tributários, na orla do bairro de São Raimundo, Educandos, Ceasa, Compensa com barracos e casebres em vias de desabar, na bacia do Tarumã também existe ocupação irregular à margem do Rio Negro, a diferença é o tipo de construção, são casas de alvenaria do bacanas.
A defesa civil do Estado e a do Município não dão sinais que refletiram sobre o acontecido no Rio, que aprenderam a lição dada pela tragédia, observa-se um silêncio sepulcral a respeito.
O Ministério Público também não pode se omitir, deve agir proativamente e provocar o Estado em favor do cidadão.
A sociedade exige um posicionamento do Estado, em relação aos riscos existentes de desabamentos de casas por deslizamentos nos barrancos no entorno de Manaus.

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