quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Imigrantes haitianos e a sociedade manauara
Nos últimos dias brotaram discussões mais estapafúrdias a respeito da tão falada “invasão haitiana” em Manaus, posts nos blogs, posições preconceituosas nas redes sociais, parecia que a cidade de Manaus havia sido tomada de assalto por uma horda de haitianos ávidos por solapar a sociedade manauara e transforma - lá em um novo Porto Príncipe.
Nesse contexto, vimos alguns escritos bem contextualizados com o drama social vivido pelo pequeno país da America Central, varrido do mapa que foi, por um terrível terremoto anos atrás.
Enquanto o preconceito de todos os matizes afloram, obviamente devido a estes seres serem afro-descendentes considerados cidadãos de segunda categorias não merecedores de serem acolhidos por esta Liverpool dos trópicos, embora ainda sejamos um verdadeiro Porto de Lenhas.
Vi algumas iniciativas louváveis de alguns grupos do Facebook e também no twitter, cujos gestos e ações de solidariedade e humanismo superam o lugar-comum, tão batido como outros que sugeriram trocar aprendizado lingüístico como forma de remuneração.
Noves fora as baboseiras ligadas ao preconceito racial, nós, manauaras, deveríamos nos sentir orgulhosos de receber essas pessoas, tão necessitadas, exatamente por eles terem escolhido nossa cidade como o “fio da esperança” para quem não tem mais nada e tão pouco para acreditar.
Considerando dados oficiais, temos uma bela colocação no PIB Nacional, nossos programas sociais, sejam eles do Estado ou do Município são orgulho de qualquer amazonense, então porque essa cara de desdém com esses imigrantes? Como seria a reação se recebêssemos imigrantes “branquinhos de olhos verdes da Ucrania?” Pensem e reflitam como nossa sociedade é mesquinha.
Agora, vamos nos colocar no lugar de alguns povos, os norte-americanos ou italianos, por exemplo, que recebem milhares, eu disse, milhares de imigrantes brasileiros em busca de um emprego ou salário mais digno? Vale a mesma reação de indignação?
Resumindo a ópera, vamos deixar de nós acharmos a ultima Coca-Cola no deserto e olhar os haitianos com um olhar solidário e humanitário, isso basta.
Faça sua parte, aja mais com o coração e menos com o preconceito.
Bom final de semana!
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Grande George, boas palavras.
ResponderExcluirSaudações Azuladas neste seu fds.