domingo, 20 de outubro de 2013
Parintins, 161 anos de luta e esperança
Parabéns mais do que especial a minha amada Ilha Tupinambarana, a nossa querida Parintins, terra do Parintintins, da mistura do índio e do negro, cidade que viu nascer minha mãe, minha avó e de toda uma linhagem da família Brandão Belém e Oliveira.
Parintins, que tanto sofre com carências durante grande parte do ano, seja falta de energia, falta de água, falta de saneamento básico ou mesmo, outras precariedades, mas ainda assim, apresenta para o mundo o melhor festival folclórico, que move paixões pelos bois de Parintins, que a transforma na capital da cultura no final de cada mês de junho.
A garra do caboco parintitim, a força do roceiro que cultiva sua sobrevivência na várzea em parte do ano, do peão que cuida do gado na maromba, do trabalhador do mercado, do trapiche, da Vila Amazônia, no romeiro de São José que reza e espera por dias melhores, essas são algumas das marcas do povo guerreiro de Parintins, todos amparados sob o manto sagrado de Nossa Senhora do Carmo.
A cidade cresce, a educação melhora com investimentos no ensino que vão do fundamental ao universitário, possibilitando a geração de massa crítica e empoderamento local dos moradores da ilha, mas ao mesmo tempo, esse progresso carrega os males da modernidade, a maternidade juvenil, as drogas ilícitas que ceifam jovens vidas e tanta desilusões trazem para as famílias e tão pouco é feito para extirpar essa praga da sociedade.
Por outro lado, durante o período do festival, todos que visitam a cidade a cada ano, só têm elogios, especialmente para a classe artística, que não param de dar bons exemplos do Brasil, sua arte reconhecida em nível nacional orgulha o parintinense, especialmente no Carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, onde é possível ver as características da arte parintinense na televisão e sobram boas referencias a nossa cidade e aos nossos artistas, sejam eles vermelhos ou azulados.
A beleza dos atrativos naturais da ilha encantam a todos, o majestoso Rio Amazonas na frente da cidade é maravilhoso, uma paisagem fantástica, beleza essa que foi imortalizada numa bela composição do grande poeta Emerson Maia que ecoa nos campos dos Tupinambás, enquanto o Macurany mostra a singeleza da águas escuras e aconchegante.
Parintins, meu encanto, minha paixão, te exalto e te parabenizo por seus 161 anos de lutas e desafios, te dou meus parabéns de Feliz Aniversário na esperança que os dias melhores não tardam a chegar trazendo alegria e felicidades para seus cidadãos.
Parintins, pra viver e amar!
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Metade da comida do mundo vai parar no lixo
Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.
O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not ("Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira", em tradução livre), diz que o desperdício está ocorrendo devido a uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.
Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido.
Promoções nos supermercados e preferências dos consumidores agravaram o problema
A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos. Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é "assombroso". 'Isto é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome.'
"As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de 'compre um, leve outro grátis', que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam", disse.
Água
O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo.
E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 devido ao crescimento da demanda para produção de alimentos.
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro. O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige mais água do que a produção de alimentos vegetais.
"À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados devido à demanda da humanidade, os engenheiros tem um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento", disse Fox.
(Fonte: BBC)
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Devolvam nossas calçadas e o patrimônio histórico de Manaus
A revitalização do Centro Histórico de Manaus passa por uma ação efetiva da Prefeitura de Manaus agora sob o comando do Prefeito Arthur Neto.
O primeiro passo nessa direção já foi dado, com início das conversas com os dois principais causadores dos problemas, os ambulantes (de toda espécie) e os lojistas.
A ocupação das calçadas dos pedestres seja por bancas ou por tablados dos lojistas para exposição de mercadorias não devem ser toleradas de forma alguma, as calçadas livres devem garantir o ir e vir dos pedestres, foi para essa finalidade que as mesmas foram concebidas.
Chama atenção a situação dos ambulantes que tomaram para si, todas as calçadas da Marechal Deodoro, Eduardo Ribeiro, Henrique Martins, Guilherme Moreira e tantas outras, fazendo uma arquitetura vampiresca que toma de assalto o transeunte colocando-os num verdadeiro labirinto, sujeito a todo tipo de ações, tais como roubos, assaltos e atentados ao pudor, numa autentica feira livre de Babel.
Os lojistas por outro lado, não se fazem de rogados, já que os ambulantes tomaram a parte externa das calçadas, mais próximas das vias, eles (os lojistas) tomaram para si a parte interna das calçadas, usando-as como uma verdadeira extensão das suas próprias lojas, e no meio dessa guerra por território, eis que surge o pedestre, imprensado e pressionado de todas as maneiras a passar pelo corredor polonês, ainda bem que sem o famoso sabacú, mas levando de quebra os não tão famosos “bate-palmas”.
Não satisfeitos em ocuparem as calçadas, agora os ambulantes com suas roupas e comidas invadem as ruas, numa guerra selvagem com os veículos automotores, nessa guerra, quem sai perdendo são as lojas constituídas, que pagam impostos e o pedestres que tem sua passagem obstruída por carrinhos de churrascos e lojas improvisadas.
Na briga pelo cliente, lojistas e ambulantes oferecem de tudo, indo de roupas de baixo valor ou réplicas de grifes como Lacoste e Nike até eletrônicos chineses baratos, é claro que toda essas mercadorias não devem pagar um centavo de imposto ao Estado, pois certamente, a maior parte dessas bugigangas entrou no País via contrabando, daí a necessidade de uma ação mais incisiva dos poderes constituídos, como Receita Federal, Sefaz e outros.
Nesse ponto, destaco duas situações que passam despercebidos ao cidadão comum que caminha no Centro, a primeira é: Como a companhia de energia não nota que TODAS as barracas são alimentadas com energia elétrica proveniente dos famosos GATOS? A segunda diz respeito à segurança das barracas, pois todos os dias, os ambulantes passam o plástico no “estabelecimento” e vão embora para suas casas e não há nenhum registro de roubo ou furto de mercadorias de nenhuma banca, como isso é possível? Mistério? Ou todos teriam um acordo com a policia para “vigiar” seus bens particulares à noite?
A pergunta que não quer calar é o que fazer com os ambulantes? Creio que a solução do problema passa pela construção de um camelódromo ou shopping popular nos arredores do Centro como forma de retirá-los das calçadas e obrigar, via coerção do poder público, os lojistas a recolherem para dentro suas prateleiras e araras.
Para a novíssima Secretaria de Revitalização do Centro Histórico de Manaus juntamente com a COVISA resta ação de pulso forte contra o comércio de gêneros alimentícios, vendidos sem a menor assepsia ou mínimos cuidados de higiene com alimentos, sejam eles, churrascos, verduras e peixes. Tudo isso, comercializado livremente nas esquinas das principais avenidas do centro.
Para a SEMMAS, principalmente, sua parcela na solução da revitalização do Centro, cabe disciplinar e fiscalizar a questão do descarte correto do lixo juntamente com a SEMUSLP, especialmente caixas que são jogadas ao longo do dia e recolhidas que são, somente à noite, atualmente cerca de 280 toneladas de lixo são recolhidos diariamente do centro. Ações como: coleta seletiva, contentores para descartes seletivos nas ruas já dariam uma melhora sensível na aparência da cidade.
O que dizer das nossas “fachadas Históricas” escondidas que estão por placas publicitárias de lojas ou por árvores que não são podadas adequadamente? Existem ao menos 100 prédios abandonados no Centro Histórico de Manaus, da época da borracha, construídos que foram para abrigar os barões do látex a partir do séculos XVIII e que hoje estão abandonados e que poderiam se tornar atrativos turísticos.
Porém, nem tudo está perdido em Manaus, existem duas ilhas de excelência no Centro Histórico de Manaus completamente livre de ambulantes, o que dizer dos belos logradouros públicos como o Largo São Sebastião que emoldura nosso Teatro Amazonas e da Praça Heliodoro Balbi que emoldura nosso Colégio Estadual D.Pedro II?
A diferença está na ação do poder público, pois ambos os logradouros estão sob o pulso firme do eterno Secretário de Cultura Robério Braga que controla ambas as áreas a ferro e fogo, nada é permitido por lá sem aquiescência do Estado, dessa forma, há anos não se vê nenhuma banquinha de churrasco ou barraquinha de bugigangas.
No ano passado, Manaus recebeu o título de cidade com as piores calçadas do Brasil, é chegada a hora de mudarmos esse jogo e com ação enérgica do poder público, as calçadas poderão ser devolvidas aos seus legítimos donos, nós, os cidadãos que querem o bem de Manaus, transformando-a num lugar melhor para se viver.
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